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Ricardo Chaves celebra 29 anos do bloco Kalango com a volta do circuito de rua

O bloco volta a ter trio elétrico nas ruas, estreando o Circuito Porto Folia, no bairro do Reduto

Bruna Dias
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“Ouvi um barulho lá fora. Fui ver o que, que é. Vi você indo embora. Levando minha fé. Quando você foi embora. Me deixou tanta dor. Sem você eu não durmo. Eu não como, eu não bebo. Eu não faço amor”, o bom micareteiro já se ouviu cantando essa música diversas vezes ao longo da sua jornada pelas festas pelo Brasil.

A canção “Barulho”, um verdadeiro clássico do cantor Ricardo Chaves, tem uma inspiração vinda do Pará. Além disso, o próprio cantor tem o Estado no coração, dentro da sua casa, e por onde quer que vá.

“Tenho muitas músicas que marcaram, e marcam muita gente, mas ‘O Bicho’, obviamente em qualquer lugar que eu vá tem que ser cantada. Mas tem ‘Barulho’ é uma música que fez muito barulho por Belém, tem também ‘Deitar e Rolar’. Acho que são essas canções! Eu falo que ‘Barulho’ porque o arranjo da música foi inspirado nos passeios que eu fiz por Belém. É gostoso a gente ver como as coisas se encaminharam. Eu adoro as músicas daí. Quando eu saio dos shows eu brinco, vou para os bares, vejo o que está rolando. Acaba que eu trago tudo isso um pouquinho para o show”, conta o cantor.

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O Kalango chega neste sábado (13), completando 29 anos no calendário micareteiro paraense. Ele já esteve em diversas cidades, em vários eventos e hoje faz parte do circuito do pré-Carnaval de Belém. O bloco estreia o circuito de rua do Porto Folia.

A festa inicia às 17h, com Nosso Tom no trio elétrico, no Ver-o-Rio, com o trajeto na avenida Marechal Hermes. Depois segue para o espaço indoor no estacionamento do Porto Futuro, com shows de Tuca Fernandes, Ricardo Chaves e Ninha.

“É muito bacana fazer mais uma vez o evento do Kalango, o pré-carnaval. Voltar para as ruas era um desejo, eu sempre falava isso com o Carlinhos (sócio do bloco), que a gente conseguisse retornar para rua de alguma maneira. Porque a origem do bloco Kalango foi nas ruas, na época do Parafolia (Carnaval fora de época organizado pela Bis Entretenimento), depois no próprio no próprio Carnaval. No pré-carnaval quando eu retornei a fazer, não fazia na rua, mas tinha sempre um movimento de rua do folião que ia seguindo o bloco e depois para o show indoor, que era lá no Insano, isso durante vários anos. Carlinhos dizia que era uma dificuldade trazer para a avenida, então ele conseguiu esse ano de novo um circuito bacana. Ele me mostrou antes quando eu estive em Belém, discutindo as ideias, eu disse: ‘Olha cara, por mim se você conseguir, vamos para isso aí! ’ Porque volta a essência dos bloquinhos de rua e depois a gente faz o show lá na arena, que ficou lindo”, explica o baiano.

Ricardo Chaves é uma figura marcante, não só pela sua trajetória artística, mas pela sua maneira de conduzir a vida. Após as suas apresentações, ele vira um folião do Kalango e vai curtir a festa, bater foto e aproveitar os momentos do bloco.

“Foi a forma que eu desenvolvi de não entrar em uma paranoia. Eu falei um dia desses em uma entrevista, sobre não ser prisioneiro de quarto de hotel. A gente sai do show com milhares de pessoas, depois vai para o hotel, toma um banho, tem que deitar para no outro dia viajar e acaba que não curte um pouquinho. Aquela adrenalina não dá para baixar! Por exemplo, nos eventos do Kalango eu sempre fiquei para assistir a outra atração que eu convidava para fazer o show porque aí era o show que eu ia curtir. Eu ia curtir com a galera. No ano passado, eu desci no meio do trio de Saulo e fui de folião pulando embaixo, na pipoca com todo mundo. Não era no camarote, era na pipoca. Mas eu participo. Esse ano eu vou, se Deus quiser, de novo! Vou chegar antes do show do Tuca, vou assistir um pedaço. Vou fazer o meu e vou querer assistir à apresentação de Ninha. A gente tem muita história juntos também. Eu gosto de curtir”, avisa o cantor.

Se “Barulho” foi inspirada nas andanças de Ricardo Chaves pelo Pará, com o fim da pandemia, ele foi convidado pelo paraense Guto Risuenho, para celebrar o retorno das procissões do Círio de Nazaré com música.

A canção ‘O Círio voltou’ foi gravada em 2022 e está disponível em todas as plataformas de música.

“Ela ficou muito massa. É uma música que gravei dias antes do Círio. Nunca conheci o Círio, mas eu tenho um pedaço da corda, que eu fui presenteado e guardo com muito carinho no meu escritório”, relembra.

“Já tenho o Pará no coração. Eu tive oportunidade de conhecer várias cidades do Pará na época que fazia campanha política, que os artistas podiam tocar. Eu fiz algumas campanhas por aí e rodei o Pará, fui conhecer alguns lugares. E aí desenvolvi uma relação, volta e meia estou por aí, na Ilha do Marajó. Já fiz show em várias cidades e gosto mesmo de passear por aí, comer, adoro comer um filhote, é um dos peixes que eu mais gosto. Toda vez que eu vou lá eu tenho que comer um filhote, vou sempre nos lugares que tem. O açaí tradicional já experimentei. Eu gosto de passear. Fiz amigos, tem uma galera que eu gosto de estar sempre”, acrescenta.

Tantas histórias envolvendo as décadas de carreira de Ricardo Chaves serão cantadas no Kalango, que também faz parte dessa trajetória artística do cantor. “Eu sou um filho musical trio elétrico, do Carnaval de Salvador. Comecei há 42 anos e sempre busquei, quando os carnavais fora de época romperam as fronteiras da Bahia, que quase todas as grandes capitais e cidades do interior também tinham os carnavais fora de época, eu sempre busquei defender com muita veemência mesmo a música de rua. O meu lema sempre foi ‘trilha sonora de momentos alegres na vida de pessoas’, isso é o que eu busquei e busco fazer. Então as pessoas se identificam e daí eu fui construindo ao longo dos anos em todos os eventos que eu participei e que participo, uma cumplicidade com o folião que me acompanhou nos blocos. Os meus blocos sempre foram muito longevos”, pontua Ricardo Chaves.

Agende-se

Data: sábado, 13

Hora: 17h

Local: concentração Ver-o-Rio (Av. Mal. Hermes, 1374), festa indoor no estacionamento do Porto Futuro (R. Belém, S/N – Reduto)

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