Programação marca os 20 anos do 'Coisas de Negro'

O espaço cultural de Icoaraci vai oferecer oficinas de grafite e percussão e contação de histórias

Vito Gemaque
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Ao completar duas décadas de história o Espaço Cultural Coisas de Negro, tradicional ponto de visita de Icoaraci, realizará uma programação especial para comemorar a data. Neste sábado, 18, uma oficina de grafite será ofertada gratuitamente com Mina Ribeiro, a partir das 10h, cujo resultado será um novo visual ao espaço. À tarde haverá contação de histórias com a Cia Girôlandia de Contadores de História e oficina percussiva com grandes nomes do carimbó urbano da capital, dentre eles, o proprietário do espaço Nego Ray.

Já no domingo, 19, haverá a tradicional feijoada no almoço, seguida de roda com os grupos e músicos parceiros do espaço. Dentre as apresentações estão os grupos Águia Negra, Mundé Qultural, Batucada Misteriosa, Cobra Venenosa, Lourival Igarapé, Os caçulas da Vila, os Africanos de Icoaraci, Jurupari, Santa Peia, Sancari, Curimbó de Bolso, Canto Caboclo, Os Tamuatás do Tucunduba, Novos Urbanos, Estrela do Norte, Pai d’egua, Kamundongo e os Bichos Brabos, Sativxs do Mangue e Carimbó de Icoaraci são alguns do nomes que irão marcar presença no palco da roda de carimbó.

A história do Coisas de Negro começa no dia 19 de janeiro de 2000, quando abria as portas para criar aquela que se tornou uma das mais importantes rodas de carimbó na capital paraense. A ideia de reunir músicos e amigos aos domingos para tocar carimbó surgiu da inquietação dos grupos de Icoaraci que buscavam promover, valorizar e estimular a produção da cultura popular diante de um cenário de esquecimento do ritmo. E Mestre Nego Ray disponibilizou a casa para ser palco desse movimento de resistência.

Desde aquela época, todos os domingos, a casa e família do Mestre Ray colaboram para que a roda de carimbó prospere. Nêgo Ray também é luthier, com ateliê localizado no espaço cultural onde confecciona banjos, bandolins, cavaquinhos e violões, assim como a construções de curimbós e outros instrumentos de carimbó. A organização do local e simpatia fica por conta da companheira nesse percurso, dona Angêla. Atualmente, um dos banjistas do palco do Coisas Negro é Ariel Silva ,filho do mestre.

“Fica um legado que será lembrado pra todo sempre, pelo fato da gente ter contribuído pra mudança de comportamento de muitos jovens, que passaram a ter um olhar pra cultura popular em decorrência do Coisas de Negro. Saber que meu filho vai estar tocando por muito mais tempo, dá uma sensação de orgulho. O filho do Ney sobe no tambor, e o moleque toca daquele tamanho, três anos de idade, toca com uma pegada mesmo, o moleque segura! E isso é o legado que a gente deixa entendeu? Saber que nós seremos lembrados pro resto da vida”, declara emocionado Nego Ray.

A programação está sendo realizada pelo espaço cultural Coisas de Negro em parceria com a Estaboca Produções. “O que se viu ao longo desses 20 anos foi o espaço se desenvolver como um local de resistência e difusão da cultura do carimbó como uma prática de sociabilidade e experimentações sonoras”, afirma a produtora Cultural da Estaboca Produções, Bruna Suelen.

Agende-se: 

Aniversário de 20 anos do Coisas de Negro

Data e hora: sábado, 18, a partir das 10h, e domingo, 19, às 19h.

Local: Espaço Cultural Coisa de Negro (Av. Dr. Lopo de Castro, 1082, Cruzeiro, Icoaraci)

 

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