Paulo André Barata lança novo disco após 20 anos

Conta a lenda que juruti-pepena é uma ave mítica, com capacidade de prenunciar infortúnios, quando ouve-se o seu piar. Diz-se que o pássaro mora em um tajá e também pode ser uma espécie de amuleto. Essa história musicada abre o mais novo disco do cantor e compositor paraense Paulo André Barata, gravado após 20 anos sem entrar num estúdio. O álbum, que leva seu nome, será lançado na próxima quinta-feira (1º), no Theatro da Paz, ao lado dos companheiros de tantas lembranças, como João Donato, e as cantoras Alba Mariah, Andréa Pinheiro, Lucinnha Bastos e Lia Sophia, que também participam de faixas do disco. 

Uma super banda comandada pelos maestros Luiz Pardal e Tynnôko Costa também fará parte da grande festa. Os ingressos já estão disponíveis na bilheteria do teatro e pela internet em: http://bit.ly/pauloandrebarata.

Resguardado para o grande dia, Paulo André prefere agora, nesses dias que antecedem o show, ficar em sua casa estudando as partituras e compartilhando as ideias para a apresentação de suas obras com os parceiros. “Gosto de ficar concentrado para que tudo saia dentro do esperado. Para mim, é uma alegria imensa poder apresentar esse trabalho ao lado de tanta gente querida”, comenta. 

No disco, que teve pré-lançamento em setembro nas plataformas digitais, é possível notar o frescor da criação sobre temas da cultura amazônica, verve que herdou do pai, o compositor Ruy Barata, e com quem aprendeu a apreciar a cultura popular da nossa região, bem como a vida do ribeirinho, o respeito pelo indígena e pelos saberes comuns da mata - muitas vezes transformados em versos com o linguajar típico que qualquer desavisado da nossa idiomática precisará de tradução. Como na própria “Juruti-pepena”, na qual pede proteção.

“Se piar não passa vento / Se cantar não corre brisa / Esse som de encantamento / Diz pajé que paralisa”, escreveu. “Me proteja a mãe-do-rio / De escutar tal cantilena / voz sem corpo, ave só-pio / Xô! Que é juruti-pepena”, são alguns versos da música de abertura. Além desta, outras falam do nosso imaginário místico e lendário, como “Boiuna”, “Capelobo”, “Boitatá” e “Maranduera”. Já a faixa “Bar da Condor” evidencia as suas memórias da juventude e “Paraoara” é uma homenagem ao Pará, composta em parceria com Paulo César Pinheiro, com participação de Lucinnha Bastos.

O clássico “Porto Caribe”, que traz o refrão “Eu sou de um país que se chama Pará”, composta com o pai, Ruy Barata, também entrou no disco e fará parte do show. Já a faixa “Canção Mágica” tem a voz de Leila Pinheiro, mas não estará presente no evento.

Serviço: 

Show - lançamento do disco de Paulo André Barata 

Data: 1º de novembro, às 21h 

Local: Theatro da Paz 

Ingressos à venda na bilheteria do teatro e pela internet em: http://bit.ly/pauloandrebarata

*meia para estudantes, professores e pessoas com mais de 60 anos.

Compre e escute o disco online no link http://trato.red/pauloandrebarata