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No Dia Mundial da Saúde, voluntárias falam do poder da arte como forma de cura

A médica veterinária Ana Flávia Maciel e a atriz Jaiane Silva exaltam a alegria de arrancar sorrisos de pessoas em tratamento de saúde.

Thainá Dias e Abílio Dantas
fonte

Hoje, 7 de abril, é o Dia Mundial da Saúde, data criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1948, para conscientizar as populações a respeito da qualidade de vida e dos diferentes fatores que afetam a saúde populacional. Com o tema “Minha saúde, meu direito”, a campanha deste ano reflete a visão ampla que a palavra saúde abrange atualmente. A arte é atualmente um caminho reconhecido para o alcance do bem-estar, o que é comprovado por pessoas voluntárias que trabalham em postos de saúde e hospitais para levar o riso a pacientes em recuperação ou em estado delicado de saúde.

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A médica veterinária Ana Flávia Maciel recorda que no período da adolescência tinha o sonho de “mudar o mundo”, e encontrou na palhaçaria uma oportunidade de exercitar sua busca por um mundo melhor. “Eu fui do teatro desde os 14 anos, mas decidi fazer faculdade de Medicina Veterinária. Quando cheguei na graduação, conheci um grupo que fazia visitas em hospitais utilizando a arte da palhaçaria. Eles abriram uma oficina e por meio dessa oficina eu vi a chance de estar em contato com a arte teatral, que eu gosto muito, e também de ajudar as pessoas e, de certa forma, mudar o mundo, como eu queria tanto”, explica.

Quando Ana Flávia consegue alegrar o dia de uma das pessoas que entra em contato com sua arte, ela se sente uma “super-heroína”. “Eu me sinto como se tivesse um poder mágico, um poder incrível, de poder ajudar as pessoas a entenderem que estão em um momento da vida que não resume a vida delas totalmente, que pode ser superado. E é também um momento de reflexão para mim, de entender que eu sou”, afirma

A também atriz e palhaça Jaiane Silva conta que se aproximou das artes como uma forma de fugir do dia-a-dia, mas em seguida virou um trajeto profissional. “A realidade é que iniciei minha história na palhaçaria como um refúgio. Inspirada por uma professora que também era palhaça, eu quis ser palhaça também, e quando já estava ‘dentro’ não quis mais sair. Desde quando eu era criança meus pais frequentavam uma religião e participavam do grupo de assistência social e me levavam juntos para as ações. Eu cresci compreendendo a importância desse senso de coletividade”, afirma, relacionando a descoberta da arte com a ligação que possui com projetos sociais.

Para Jaiane, conseguir se conectar com pessoas em momentos de tratamento de saúde exige muita concentração. “É preciso estar disposto a se entregar a um mergulho profundo no seu eu. Não é um processo fácil, é preciso encarar memórias que muitas vezes buscamos deixar adormecidas”, diz a artista. Por outro lado, para ela, é também uma atividade que não faz bem apenas para quem recebe. “Sempre que tenho oportunidade gosto de falar sobre o dia em que fui numa visita ao Hospital Metropolitano. Estávamos em grupo e nesse dia eu não me sentia muito satisfeita comigo, estava cabisbaixa, mas buscava não transparecer isso. E foi aí que aconteceu a mágica. Uma criança que estava internada pediu para me dar um abraço. Naquele momento, sem saber, ela me curou de uma dorzinha que eu carregava no peito. Nunca vou esquecer desse dia”, completa.

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