Nathan do 'Belém de Arrepiar' chama leitor para 'Café com a Matinta' em lançamento de livro

A sessão de autógrafos vai ocorrer nesta quinta-feira, 14, às 17h, no bairro do Reduto

Amanda Martins

O escritor e gerador de conteúdo da página Belém de Arrepiar”, Nathan Moura, pseudônimo de José Maria Brito de Moura, está lançado seu mais recente livro, “Café com a Matinta”, nesta quinta-feira, 14. O evento vai ocorrer a partir das 17h em uma lanchonete localizada no Parque Urbano Porto do Futuro, no bairro do Reduto, em Belém, e contará com uma tarde de autógrafos conduzida pelo autor. Com 65 páginas ilustradas, o livro reúno 13 histórias sobrenaturais inspiradas em relatos reais, onde a figura do folclore nortista realiza aparições a pessoas comuns. 

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Em entrevista ao Grupo Liberal, Nathan, que também possui um quadro homônimo no veículo, revelou que o título intrigante, “Café com a Matinta”, não apenas faz referência a uma parte essencial da lenda, mas também permeia as histórias contidas no livro. Segundo a fábula, quando a Matinta começa a associar e bater as asas - na versão coruja -, perturbando pessoas em casa, estradas ou matas, uma estratégia para apaziguá-la é convidado-a a tomar café ou buscar tabaco no dia seguinte, garantindo, enfim, a tranquilidade no local. 

O autor também explicou que a escolha do número treze para a quantidade de histórias contidas no livro foi intencional, buscando explorar a superstição que muitos têm em relação a esse número, associando sempre ao azar ou negatividade. “São 13 histórias que eu gosto muito, inclusive, tem uma de Belém, mas eu poderia ter colocado muito mais, porque tem vários relatos que afirmam ter topado com essa entidade aqui do Pará” destacou Nathan.

image Nas redes sociais, o perfil que deu origem ao nome do quadro, tem o objetivo de divulgar e preservar a tradição da oralidade, da cultura, passada de geração a geração, de se contar histórias sobre as lendas regionais (Thiago Gomes / O Liberal)

O processo criativo do livro levou mais de um ano, durante o qual produtor de conteúdo não apenas pode mergulhar nas histórias sobrenaturais, mas também vivência experiências marcantes. Ele contou na entrevista que recentemente, ao visitar a comunidade de Anapu, no interior do Pará, encontrou um rapaz perturba pela entidade. 

“Pedi para entrar na antiga casa onde ele morava e dizia ser atormentado pela Matinta Perera. Andei, filmei alguns espaços, e depois fomos embora. Naquela noite, enquanto dormia, tive um pesadelo diferente. Estava em uma rua rodeado de casas, e do nada, avistava uma mulher com os cabelos desgrenhados. Ao me aproximar, ela se afastava, mas sempre me encarava com o rosto fechado, como se estivesse com raiva. Acho que a Matinta não gostou da minha presença por lá”, disse.

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De acordo com Nathan, as histórias presentes no livro são “assustadoras e incríveis”. Uma delas conta o relato de uma pessoa que não acreditava na Matinta Perera e a entidade aparecer para ela. “A pessoa acreditava ser apenas um folclore do imaginário que muita gente acredita. Para a surpresa dela, um dia escutou um assobio e debochou, e a Matinta foi atrás para dizer ‘eu estou aqui’”, acrescentou.

Questionado sobre o porquê escolheu colocar o protagonismo de cada conto presente no livro voltado para a figura folclórica, o escritor revelou que a Matinta é uma figura comum nas conversas dos habitantes do interior. “Eu gosto muito dessa entidade”, compartilhou Nathan, ressaltando a importância de preservar as tradições e a cultural oral, enraizadas nas histórias contadas por gerações mais antigas.

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Além disso, o escritor mencionou sua preferência por histórias “sobrenaturais” e o desejo de preservar memórias presentes nos municípios paraenses, explorando as lendas, fantasmas e visagens da cultura regional. Ao falar sobre a importância da Matinta Perera, o autor evidência a relevância da cultura oral tão característica da região Norte. 

"Existe uma cultura oral que é praticada há séculos por nós, principalmente aqui na Região Norte, de reunir as pessoas ao redor de alguém mais experiente, mais velho, e essa pessoa falar sobre assombrações, lendas. É muito importante porque não só apresenta para quem conhece, mas também preserva a cultura oral muito nossa", afirmou o autor. 

As expectativas para o lançamento são as melhores possíveis, segundo o autor. Nathan afirmou que na ocasião irá entregar livros vendidos na pré-venda e espera não apenas poder compartilhar as histórias do livro, mas também criar um ambiente acolhedor para os livros.  “Espero que a galera apareça nem que seja para tomar café, não com a Matinta, mas com o Nathan”, disse aos risos.

Nathan é autor de cinco livros: O Livro Assombroso, Casas Mal Assombradas, Lendas e Assombrações do Estado do Pará, Fantasmas de Hospitais de Belém, e agora, o mais recente lançamento, o “Café Com a Matinta”.

Belém de Arrepiar

Os conteúdos do Belém de Arrepiar serão liberados a cada 15 dias. O projeto começou com  dois episódios em dias consecutivos: o do dia 1º e o do Dia de Finados (2 de novembro). Nas redes sociais, o perfil que deu origem ao nome do quadro, tem o objetivo de divulgar e preservar a tradição da oralidade, da cultura, passada de geração a geração, de se contar histórias sobre as lendas regionais - como o Curupira e a Matinta Perera -, assim como sobre as visagens e assombrações que permeiam o imaginário popular - a exemplo da Moça do Táxi, uma das mais conhecidas lendas urbanas de cidade e dos interiores.

SERVIÇO

Lançamento do livro “Café Com a Matinta”

  • Local: Kibe House do Parque Urbano do Porto do Futuro, no bairro do Reduto;
  • Data: quinta-feira, 14 de dezembro;
  • Horário: 17h;
  • Investimento do Livro: R$ 35;
  • O evento terá sessão de autógrafo.




 

 



 

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