Zaynara: a nova voz paraense é escutada nos quatro cantos do Brasil

A precursora beat melody nos últimos meses se tornou a queridinha do país e se prepara para lançar feat com Pabllo Vittar e participar de evento nacional

Bruna Dias
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O público paraense não sabe ao certo quando ela surgiu, mas quando piscamos os olhos Zaynara já tinha ganhado o Brasil. A jovem de 22 anos entrega tudo o que uma artista paraense tem de melhor: voz, performance e autenticidade.

Depois de participar da gravação do DVD “Isso é Calypso Tour Brasil”, no estádio Mangueirão, em Belém, com Joelma, o Brasil caiu de vez aos encantos da cametaense. Depois, veio a apresentação no palco do Festival Psica, em dezembro de 2023, no mesmo lugar da gravação. Foi outro momento marcante.

Os vídeos de Zaynara se apresentando nesses dois shows, rapidamente se tornaram virais nas plataformas online, trazendo reconhecimento e uma legião de seguidores para a cantora. Além disso, ela foi parar nos maiores sites de notícias do Brasil, como Billboard Brasil, POPline, Globo, Caras, O Dia, dentre outros.

Agora, o público vai conhecer o feat que Zaynara gravou com Pabllo Vittar, que ainda não teve o nome e nem a data de lançamento. Além disso, a paraense está confirmada no São João da Thay 2024, evento organizado pela influenciadora Thaynara OG em São Luís, no Maranhão.

A artista ainda trabalha a música “Quem manda em Mim”, lançada em 2024, com o estilo beat melody, do qual a artista é pioneira. 

Confira a entrevista exclusiva com a cantora para oliberal.com:

1- Zaynara, mesmo tão nova, você conquistou grandes coisas. Sempre decidida e focada, como avalias a tua caminhada até aqui?

Z: Tem sido uma caminhada de muitos desafios, de muita superação e sobretudo de felicidade para mim como pessoa, como artista, como mulher. Eu tenho muita sorte de poder trabalhar com algo que eu amo tanto e poder fazer algo significativo pela música da minha origem, das minhas raízes e pela música brasileira, por que não? Eu fico muito feliz em poder viver isso hoje. Sei que tem muita coisa por vir, mas estou muito feliz com tudo que vem acontecendo.

2- Já realizaste alguns projetos musicais sólidos e grandes parcerias, quais os próximos passos da tua carreira e sonhos?

Z: Eu quero muito fazer o meu show, o nosso show, uma experiência para o público e registrar isso em um audiovisual maior. Também quero muito ir para outras classificações da arte, quero experimentar. Quero testar, eu quero viver!

3- Tua música é bem regional e muitas pessoas te comparam com a Joelma, seja pela musicalidade, performance, figurino... Ela é tua grande inspiração? Quem são as mulheres que te inspiram musicalmente?

Z: A Joelma é uma com certeza é uma grande referência para mim e poder ter essa troca profissional de tirar dúvidas mesmo, é inspirador. Além dela eu respeito e admiro muito a trajetória musical das artistas que vieram antes de mim, das que abriram caminhos mesmo, como Viviane Batidão, Gaby Amarantos, Valéria Paiva, Dona Onete, Fafá de Belém... São tantas que é bem difícil listar. Olhando mais para fora, indo para música pop no Brasil, temos a Anitta, Luísa Sonza e mais fora ainda, Beyoncé é a maior, a cantora das cantoras, e Selena Quintanilla.

4- Como disse, és muito nova, mas tua carreira é uma realidade. Achas que essa juventude te ajudou quando falamos em projetos, por exemplo, sabes aliar divulgação nas redes sociais com uma musicalidade jovial e ousada, e mesmo assim consegues emplacar em mídias mais tradicionais. Como tens pensado na publicidade dos teus projetos?

Z: Bom eu sou da geração Z, sou de 2001, então eu também fui alfabetizada digitalmente digamos. Seria inevitável a minha presença nas mídias sociais por isso. Mas a gente não pode se fechar somente para uma coisa, a gente trabalha dentro e fora também nas mídias mais tradicionais. Eu digo com toda a humildade do mundo que isso se dá porque a gente tem um foco, um objetivo. Eu sempre quis construir uma carreira sólida, então eu trabalho desde sempre para ter uma carreira tranquila e sólida. Repito, com toda a humildade do mundo!

5- Quais são os desafios enfrentados por uma Nortista do Pará? Achas que tem preconceito na cena musical com alguém que vem da parte de cima do país?

Z: Fechar os olhos e dizer que Norte e Nordeste não são invisibilizados, seria como tapar o sol com a peneira. A gente sabe que isso existiu lá no começo e ainda existe um pouco uma certa resistência, mas também não me coloco no lugar de ‘ah, coitadinha, veio do Norte, não sei o quê’. Tudo é mais difícil, a gente sabe que é, mas usamos isso para nos fortalecer, para mostrar que o sol brilha para todos, que tem espaço para todo mundo. A gente está aqui para fazer o nosso trabalho da melhor forma possível e assim alcançar o máximo de pessoas que conseguirmos. Eu quero mostrar que se eu consigo outros artistas e pessoas dos mesmos lugares que eu, também consegue, outras minorias também têm espaço. É literalmente para dar força, para fortalecer esse movimento!

6- Hoje podemos definir a sua musicalidade? Como você se define como artista?

Z: Eu tenho vários momentos vindo já, graças a Deus, para guardar no meu coração, mas vou citar um que foi realmente muito marcante. Foi o dia em que eu subi no palco com a Joelma no estádio Mangueirão, em Belém do Pará, no nosso Estado. Quando falo desse momento, não é nem do show, é da passagem de som mesmo. Foi um dia antes da apresentação oficial. Eu no meio das cantoras, dos artistas que participaram, conversando... Eu vendo as pessoas que eu sempre admirei, os artistas ali. Nossa pareceu um sonho meu, vou guardar pra sempre esse momento.

7- Qual o momento mais marcante da sua trajetória musical?

Z: Eu sou uma artista que ama a versatilidade. Eu canto beat melody, mas posso experimentar outras coisas, até porque o ritmo me dá essa liberdade. Eu penso sempre na minha carreira com a intenção de fazer diferença e mostrar o que eu sinto através da música.

 

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