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Músicos celebram Dia Internacional em sua homenagem nesta segunda-feira (22)

Com anos de experiência e décadas de carreira, Elder Effe e Pio Lobato atuam em vários segmentos da música

O Liberal
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Ao decidir viver para e da música, todo profissional já ouviu “conselhos” ou indagações de amigos e familiares sobre a remuneração. Para os músicos, que dedicam a vida a compor, ensaiar, tocar, arranjar ou produzir a arte que combina vários sons e ritmos em uma escala temporal, trabalhar com isso é antes de tudo amor. Os músicos paraenses são reconhecidos pelas influências latinas e pela persistência em sempre se desafiarem. Um desses exemplos é o roqueiro Elder Effe, de 41 anos, que já compôs 71 canções ao longo dos últimos anos. 

Na preparação para comemorar os 25 anos de carreira, Elder prepara com vários projetos simultâneos que devem ser lançados no próximo ano. Natural de Castanhal, Elder começou em uma banda de cover tocando MPB e rock. Depois participou da criação da banda Suzana Flag, em 2003, um marco para o rock autoral paraense, que viria a influenciar várias bandas futuras. Ele também participou das bandas Ataque Fantasma e Johny Rockstar. Além de ter lançado carreira solo com dois álbuns gravados, e um projeto com músicas infantis. 

"Eu percebi a paixão pela música quando adolescente, pelas coisas que estavam acontecendo no Brasil e no mundo. O Brasil vivia o rock dos anos 80. E, fui muito influenciado pelos meus irmãos que estavam aprendendo a tocar naquela época. Meu tio que era músico amador, ele tinha uma loja de instrumentos e de disco, e fui me encontrando nos instrumentos. A partir dos 18 anos comecei a construir algumas coisas através da música, a ter minha própria renda. Fui me aprimorando. Isso de que música não dá dinheiro é o que a gente mais ouve, de que viver do que gosta não dá certo, eu fui quebrando essas barreiras. Eu fiz uma escolha muito consciente. Vivo exclusivamente de música e o que a música me proporciona”, afirma.

Elder prepara para o próximo ano o terceiro álbum solo de músicas autorais, o retorno do projeto feito para crianças, a banda infantil Espoleta Blues, e a regravação de composições antigas com uma nova roupagem. “Eu vejo o trabalho de composição e de criação como um retorno pelo que tu consomes. Eu sou muito apaixonado por música, penso em fazer música todo dia, pratico o fazer da música todo dia, é muito gratificante. É um sentimento que não saberia descrever”, assegura.

image Pio Lobato tem longo trabalho na guitarrada paraense. (Divulgação)

Outro artista com vários anos de carreira e segue em vários ramos da música é Pio Lobato, que toca desde os 20 anos, formado em licenciatura em Música pela Universidade do Estado do Pará (UEPA). Com 30 anos começou a tocar em uma banda paraense que também influenciou outras futuras - o “Cravo Carbono”. Atualmente, o guitarrista e produtor tem seis álbuns autorais lançados. Pio Lobato é uma das referências quando se fala sobre guitarrada. Ele é o idealizador do projeto Mestres da Guitarrada de 2004. Ao longo dos anos já tocou com os grandes mestres da guitarrada paraense e também nomes consagrados do Pará como Dona Onete e Mestre Vieira.

“Eu não decidi viver de música. Eu acabei [na música]. Tem uma questão provocadora na música que me atrai, que eu faço várias coisas em torno da música, eu faço produção, ensaios, trabalho com equipe, gosto de trilha sonora, música para mim é muita coisa. Não tem exatamente um momento”, aponta.

Para ele, é preciso que haja memória cultural para que se valorizem os músicos. “A profissão de músico é desvalorizada como qualquer outra profissão que a gente tenha que criar um histórico para ter a referência. Qualquer profissão que precise de um currículo. No caso, o que fazer para melhorar isso? A gente tem uma história dos personagens que atuam na música não só diretamente, como das pessoas de rádio, TV, as pessoas envolvidas, o próprio jornalismo cultural em torno da música. Isso é uma coisa relevante. Isso são dados, é a nossa memória, se a pessoa não tem a memória do que aconteceu, do que passou, fica difícil de valorizar uma profissão. Está sempre no zero”, reflete.

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