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Filmes com protagonismo feminino são destaque no Festival de Cinema de Gramado

O Festival abriu sua 51ª edição no dia 11 de agosto e irá exibir até dia 19 vários longas inéditos

Amanda Martins
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A maioria dos longas selecionados para participar da 51ª edição do Festival de Cinema de Gramado, que iniciou dia 11 e segue até 19 de agosto, possuem no centro das tramas o protagonismo feminino sob diferentes aspectos. Em “Angela”, do diretor Hugo Prata, Ísis Valverde interpreta a socialite belorizontina Angela Diniz, vítima de feminicídio pelo companheiro em 97; já “Tia Virginia”,  de Fabio Meira, acompanha as inquietudes vivenciadas por três irmãos durante a véspera de Natal, com foco na familiar mais velha, interpretada por Vera Holtz. Ao todo, serão exibidos 11 longas e 23 curtas brasileiros na competição.

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O colunista do Grupo Liberal e apresentador do videocast Mangueirosamenta, Ismaelino Pinto, viajou para a serra gaúcha à convite do evento como imprensa oficial para acompanhar todos os detalhes do festival. Ele é o único nortista a cobrir o evento. Em conversa com a reportagem, o jornalista contou que a representativa feminina e o debate que trazem às telas de Gramado é uma reflexão da atualidade.

“A curadoria tem como linha de pensamento gostar de temas atuais, de falar sobre mulheres, da violência, da violência não só sofridas pelas mulheres, como dos povos originários, esse lugar de fala, de colocar o preto dentro desse processo. São temas recorrentes e o audiovisual reflete tudo isso”,  pontuou o colunista que tem produzido entrevistas com exclusividade para as redes sociais do O Liberal.  

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Um dos curta-metragem destacados por Ismaelino é “Deixa”, dirigido por Mariana Jaspe, Zezé Motta interpreta Carmen, uma mulher madura que se dá ao direito de se apaixonar por um homem jovem e viver plenamente o amor. 

“Também outros curtas que a gente vê têm uma presença feminina muito grande. O debate da presença feminina tem sido muito forte nesta edição até agora”, reiterou.

No domingo, 13, Ismaelino entrevistou o diretor do filme Angela”, Hugo Prato, que também assinou a direção de “Elis”, um filme biográfico e musical sobre a cantora Elis Regina. De acordo com ele, contar histórias de várias mulheres é fazer entretenimento, mas sobretudo trazer à tona assuntos relevantes e dar voz a personagens que mereciam ir à tela com “suas contradições e impactos que tiveram na história do Brasil”. O longa será lançado no dia 31 de agosto. 

image ANGELA - Direção: Hugo Prata - Angela conhece Raul e acredita ter encontrado alguém que ama seu espírito livre tanto quanto ela. A atração avassaladora fez o casal largar tudo e viver o sonho de reconstruir suas vidas na praia. A relação declina para o abuso e violência, dando origem a um dos assassinatos mais famosos do Brasil. (Divulgação)

Para Isis Valverde, que interpreta Angela Diniz, fazer uma personagem tão real e com um destino traçado com a crueldade do feminicídio foi gamezer na ancestralidade feminina e permitir que o público saía das salas de cinema com um pensamento diferente. 

“Eu acho que esse projeto é importante não só para mim como para outros, que precisam ser alertadas, acordadas, e a voz dessa mulher que foi silenciada, apagada. Foi muito importante para mim estar representando ela”, disse a atriz. 

O diretor, roteirista e produtor, Fabio Meira que dirigiu o mais novo filme “Tia Virgínia” também conversou com o colunista. No bate-papo, falou sobre como traz uma protagonista de 70 anos que nunca se casou e nem teve filhos, e convencida pelas irmãs, se muda de cidade para cuidar dos pais. 

image TIA VIRGÍNIA - Direção: Fabio Meira - Virgínia (Vera Holtz) nunca se casou e nem teve filhos, foi convencida pelas irmãs a deixar a vida que tinha para cuidar dos pais. O filme se passa em um único dia: o dia em que Virgínia se prepara para receber as irmãs Vanda (Arlete Salles) e Valquíria (Louise Cardoso), que viajam para celebrar o Natal. (Divulgação)

“Esse é o meu segundo longa metragem. O primeiro foi as ‘Duas Irenes’ que conta um pouco de uma parte da história da minha família, e o ‘Tia Virgínia’ é um outro momento, outra faceta, é como se fossem personagens com um salto no tempo de cinquenta, setenta anos, dessas mulheres maduras que conviveram em casa”, explicou Fabio.

Segundo ele, o filme se passa em um único dia em que a irmã, interpretada por Vera Holtz, espera as irmãs para passar o primeiro natal após a morte do pai. “São histórias de família que surgem e como elas lidam com essa questão temporal, do espaço. É um filme muito das relações familiares, humanas, de irmãs”, acrescentou o diretor. 

Neste ano, não há filmes paraenses concorrendo ao festival. A força cinematográfica do Norte é representada pelo Tocantins, que traz o último longa dirigido por uma cineasta mulher na competição principal. Com “O Barulho da Noite", Eva Pereira, conta com uma protagonista infantil que tem a infância roubada ao descobrir um segredo que desestrutura sua família.

Ineditismo nas homenagens

Para além dos longas exibidos, apenas mulheres formam o grupo de artistas que serão homenageadas nesta edição. A produtora Lucy Barreto e as atrizes Léa Garcia, Laura Cardoso, Ingrid Guimarães e Alice Braga sabem ao palco para receberem a honrarias da casa, que são os troféus Oscarito, Cidade de Gramado, Eduardo Abelin e Kikito de Cristal.

image Laura Cardoso (Reprodução/TV Globo)

De acordo com Ismaelino, esta será também a primeira vez que uma dupla será homenageada com dois troféus Oscarito, o mais antigo e importante do festival.  “As duas atrizes, Léa e Laura, com mais de 90 anos, abriram caminhos e as entregas à elas trazem várias simbologias. Gramado esse ano é do feminino plural”, afirmou o colunista. 

 

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