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Festival Marajoara de Cultura Amazônica ocorre neste final de semana

Vivência cultural engloba gastronomia, música, audiovisual e as belezas naturais da região

Bruna Dias
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Nos dias 14, 15 e 16 de julho, o Marajó recebe o Festival Marajoara de Cultura Amazônica. O evento, que ocorre pela sexta vez, leva à região uma experiência de turismo cultural. Esse ano, além de poder vivenciar a gastronomia, as belezas naturais e o contato com o povo marajoara, o público será convidado a transitar entres os municípios de Soure e Salvaterra. Por lá, será possível consumir a cultura popular, escutar música do Norte do país e assistir diversas atrações ao longo dos três dias.

Os shows ficarão por conta de Neuber Uchôa (RR), Allan Carvalho (Belém), Luizinho Lins (Belém-Icoaraci), Kleyton Silva (Belém), Jeff Moraes (Belém), Priscila Cobra (Belém-Icoaraci), Grupo Paracauari (Soure), Mestre Damasceno (Salvaterra), Tambores do Pacoval (Soure).

“Quem vai pagar o pato?” e “Histórias de Riomar” são os espetáculos teatrais apresentados no Festival. Também vai acontecer roda de bate papo sobre políticas culturais e Lei Aldir Blanc com o professor Valcir Bispo. Confira a programação.

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Pelo terceiro ano, Jeff Moraes se apresenta no Festival. Ele realiza seu show, já no primeiro dia 14, no luau realizado na Pousada Bosque dos Aruãs, em Salvaterra. “Já estive no Festival com a minha antiga banda, há alguns anos, depois eu retornei, ano passado com o meu disco ‘Tambor&Beat’. Inclusive, o evento estava na minha turnê pelo interior do Estado”, relembra.

“Agora estou retornando ao Festival para fazer um trabalho com a banda para dança, Estou muito feliz, porque acredito que o evento é um momento muito bacana que a gente tem para trocar com essa região que é rica em cultura popular, que é o Marajó. Quando retorno de lá, venho com a minha bagagem cheia de conteúdo. Já tive também a oportunidade de dar aula de teatro para a comunidade quilombola. Então, me conectei muito com o Marajó a partir dessa vivência dentro do Festival. E sem dúvida nenhuma, esse evento tem uma importância muito significante para a valorização da cultura Amazônica e de firmamento. A gente vai lá fazer uma troca com os mestres de cultura popular dentro dos quilombos, artistas da cena contemporânea, é uma troca artística de fortalecimento cultural”, acrescenta.

Como antecipou Jeff Moraes, seu show será para dançar com um repertório cheio de clássicos da cultura paraense: “Ninguém vai ficar parado, a galera vai dançar do começo até o final. Além, claro, do público cantar as minhas músicas, reforçar que a gente está aqui fazendo música preta na Amazônia”.

O Festival Marajoara nasceu no ano de 2018 e já atingiu mais de 20 mil pessoas, entre público, artistas, instrutores de oficinas de preparação técnica e artísticas e alunos. O evento promove o intercâmbio cultural e reúne artistas da capital paraense e do Marajó, além de outras regiões do norte, como nesta edição, que tem como atração o cantor e compositor Neuber Uchôa, de Roraima. “Eu tenho quarenta e poucos anos de carreira, mas esse festival é algo que eu nunca participei, uma festa tão rica, né? Que liberta a cultura pros mais jovens e pros turistas. E isso é enriquecedor. Então eu penso nisso, o que isso representa na minha carreira?”, reflete o artista, Neuber.

O Festival é produzido pelo Coletivo Pulsar Marajoara, formado por amigos que têm em comum o amor pelo Marajó, uma presença habitual na ilha e um longo histórico de envolvimento com a comunidade local, em uma relação que não está restrita apenas ao período do Festival.

“O evento tem um impacto pessoal, na autoestima emocional da comunidade, mas também tem o impacto financeiro, na cadeia produtiva dessa economia. O Marajó é muito vendido como turismo, mas às vezes, é um turismo ruim de base predatória, de exploração sexual. E quando a gente coloca o Festival com essa característica que a gente está descrevendo, você tem aí um turismo cultural, né? De experimentação, de imersão cultural. Você vai lá no Ateliê Arte-Mangue do Ronaldo Guedes, você vai na AMPAC, conhece o Mestre Diquinho, vê o trabalho dele, enfim uma vivência cultural e isso é marcante. Eu acho que todo mundo que vai no festival sai com essa sensação assim de que voltou maior, voltou enriquecido culturalmente”, define Marcelo Carvalho, integrante do Coletivo Pulsar Marajoara e um dos idealizadores do projeto.

Para a curimbozeira e artesã, Cilene, integrante dos Tambores do Pacoval, o Festival Marajoara de Cultura Amazônica é mais uma oportunidade que se abre para potencializar toda a mobilização de preservação cultural e do meio ambiente realizada pela organização. “O Tambores já nasceu com essa característica de ser um carimbó popular. Um carimbó pra estar no meio da multidão, no meio do povo. O Festival é mais uma janela que se abre, uma oportunidade da gente mostrar o nosso trabalho. Que não é só tocar por tocar, né? Tem toda uma questão também da poesia, do professor Ailton Favacho, tem os membros do Tambores do Pacoval, que fazem parte da sede, nossa área de produção ambiental, o movimento de valorização dos nossos mestres, a manutenção das atividades para a nova geração. Tudo isso é demonstrado. E o festival é mais uma oportunidade que nós temos para apresentar tudo isso, por isso que é tão importante para o Tambores participar do festival”, finaliza a artista.

Agende-se

- Sexta-feira, 14

Roda de Conversa e Luau - Salvaterra

Local: Pousada Bosque dos Aruãs

Roda de conversa - Com o professor Valcir Bispo sobre as Leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo, às 17h

Luau – programação audiovisual e musical

Exibição de vídeos dos festivais anteriores, às 19h

Exibição websérie Memórias e Afetos (Episódios Mestres Piticaia e Mestre Zampa)

Lançamento do videoclipe Matinta - Mateus Moura

Espetáculo teatral Histórias de Riomar - Leonel Ferreira

Apresentações musicais com Allan Carvalho, Neuber Uchôa, Luizinho Lins, Kleyton Silva, Jeff Moraes e roda de carimbó com o Grupo Paracauari, às 20h

- Sábado, 15

Soure

Roda de conversa com o professor Valcir Bispo sobre as Leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo (endereço: Travessa 17, esquina com a 12ª rua, Bairro Umirizal), às 15h, na: AMPAC, Soure.

Concentração do Carimbloco no Bar do Jamil, às 16h

Início do Carimbloco rumo à sede da AMPAC, às 17h

Roda de carimbó na AMPAC om Tambores do Pacoval, Priscila Cobra e participações especiais, às 18h

- Domingo, 16

Concentração do Carimbúfalo na orla da Praia Grande, com Mestre Damasceno e convidados, à 15h, em Salvaterra

Saída do Carimbúfalo em direção ao Bar Trampolim, com Mestre Damasceno, Nativos Marajoara e Luizinho Lins, às 17h

Espetáculo teatral “Quem vai pagar o pato?” - Grupo Experimental de Teatro, às 19h, em Salvaterra

Início do Show de Encerramento, às 20h, no Bar Trampolim, na Prainha, em Salvaterra

Grupo Cruzeirinho, Allan Carvalho, Neuber Uchôa, Jeff Moraes, Banda Na Cuíra, Gilmarajoara Nascimento e DJ Jack Sainha. Participação especial do grupo de carimbó do Quilombo Caldeirão (resultado da oficina Curro Velho - FCP)

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