Espetáculo ‘PositHIVos’ conta histórias reais e levanta debate sobre o HIV

A peça teatral reforça a importância da prevenção e leva relatos de superação de pessoas que receberam o diagnóstico positivo para a doença ou o vírus

Juliana Maia
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No Dia Mundial de Luta contra a Aids, a Companhia Teatral Musas leva aos palcos de Belém a segunda temporada do espetáculo ”PositHIVos”. Usando a arte para alcançar todos os públicos, a peça aborda histórias reais de pessoas convivendo com o vírus e alerta para a necessidade de debater o tema, ainda visto como um tabu na sociedade.

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Em cima do palco do teatro experimental Waldemar Henrique, os atores Pedro Ribeiro, Safira Clausberg, Karla Noronha e Kesynho Houston levarão informação ao público por meio do texto e atuação. O desejo do elenco é acolher quem precisa e fazer uso do próprio ofício como um instrumento de mudança que possa atingir as várias camadas existentes dentro da sociedade.  

Em 2020, Kesynho Houston, diretor-geral e ator, se inspirou na história de um conhecido para colocar em prática o espetáculo. Segundo ele, o assunto era pouco debatido e esse amigo contou que se sentia sozinho após ter descoberto que estava com HIV.

“Tive a ideia de reunir as histórias reais de pessoas que vivem com o vírus e contá-las em formato de uma peça de teatro para que elas se recomeçam e assim possam se identificar e perceber que não estão sozinhas. Quando ninguém fala do assunto, quem convive com o vírus se sente sozinho e o preconceito só aumenta”, explica.

image Pedro Ribeiro, Safira Clausberg, Karla Noronha e Kesynho Houston estarão na segunda temporada de PositHIVos (Foto/Taka Tsuji)

Com o relato de alguém próximo, Kesynho começou a estudar o assunto, então passou a acompanhar a jornada das pessoas. O artista procurou outras histórias, visou ONGs e levou tudo isso para o texto, que ficou pronto no ano seguinte, quando deram início aos ensaios.

“O teatro é uma das artes mais importantes e nele falamos sobre muitas coisas: histórias de romance, aventuras e por que não contar histórias reais de pessoas que vivem com o vírus HIV? De superação, luta, para fazer com que o teatro alcance aquilo que ele tem como maior missão: tocar a vida das pessoas”, diz.

Safira está no espetáculo desde a primeira edição e se alegra ao relembrar o processo de preparação para tornar o PositHIVos real. Para a artista, participar do evento é de extrema importância, já que a peça também aborda a sua vivência, trazendo um "choque de realidade" e alcançando diferentes classes sociais, diz ela.

"Recentemente, uma pessoa que havia recebido o resultado positivo e não estava conseguindo lidar, falou que ir assistir a gente seria uma das possibilidades para dar forças e continuar o tratamento. Daí nós percebemos que o espetáculo tem uma mensagem muito importante, seja para quem tem ou não tem o vírus", ressalta a artista.

Para Pedro Ribeiro, levar esse tópico aos palcos é causar um impacto. A companhia teatral quer refletir sobre o tema e acolher quem enfrenta o preconceito e procura orientação sobre o assunto.

"Estamos ali para fazer arte e levar informação, oferecendo sempre o melhor. O público pode esperar muita informação, momentos lindos e emocionantes, A sociedade, antes de qualquer coisa, não deveria julgar e sim entender que uma pessoa pode ter HIV. Não estamos imunes e conviver com isso não é o fim do mundo. Precisamos falar com informação e propriedade sobre prevenção e tratamento", orienta. 

SERVIÇO

PositHIVos 2
Data: 01 de dezembro de 2023
Horário: 20h
Local: Teatro Waldemar Henrique
Valor: 40,00 (inteira) e 20,00 (meia)
Ingressos antecipados: 20,00 reais
Classificação: 16 anos

(Juliana Maia, estagiária sob supervisão do Coordenador do Núcleo de Cultura, Abílio Dantas)

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