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Cordão de Pássaro Colibri se apresenta no Theatro da Paz nesta sexta, 4

O grupo do Outeiro encena o espetáculo 'Nas Asas da Liberdade' com entrada franca.

Enize Vidigal, O Liberal
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Nesta sexta-feira, 4, o Cordão de Pássaro Colibri, de Outeiro, alça voo e volta ao ninho no Theatro da Paz, local em que se originou a tradição da “ópera cabocla” no período da Belle Époque (no período de 1870 a 1922). No palco, 35 brincantes apresentam o espetáculo “Nas Asas da Liberdade”, de autoria da guardiã Laurene Ataíde, que foi premiado pelo Instituto de Artes do Pará em 2008, para ser publicado em livro, além de ter sido elogiado pelo escritor e poeta João de Jesus Paes Loureiro. O espetáculo inicia às 19h. Os ingressos estarão disponíveis a partir das 9h, de forma gratuita, na bilheteria do teatro, e também pelo site www.ticketfacil.com.br a R$2,00.

Os cordões de pássaros surgiram entre a população humilde de Belém que, sem acesso ao interior do majestoso Theatro da Paz, ouvia do lado de fora as óperas com artistas renomados de outros países e tentava reproduzir àquela manifestação à sua maneira, misturando referências da corte europeia, da cultura amazônica e também personagens fantásticos, como reis, rainhas, matutos, indígenas, fadas e os encantados - como Iara, Curupira e Boto - em um enredo que gira em torno de um caçador que persegue um pássaro.

Cordão de Pássaro Colibri, apresentação de 2019

“Essa cultura só existe no estado do Pará e estava desaparecendo. Já tivemos cerca de 300 manifestações no estado, mas, hoje, os cordões de pássaros estão concentrados com 15 pássaros só na cidade de Belém e alguns no interior”, descreve Laurene. Ela coordena o projeto de Criação de Cordões de Pássaros e Revitalização, que também resgata cordões de pássaros que tiveram a manifestação interrompida. Atualmente, a guardiã realiza as oficinas de criação da Arara Vermelha, na cidade de Parauapebas, e da Arara Azul, em Canaã dos Carajás, com o patrocínio da Vale.

“O teatro do pássaro, é um espetáculo próprio, manifestação da cultura popular paraense, que se expressa no teatro, da dança e nas alegorias”, reafirma. O Colibri do Outeiro foi criado em 1971 pela mãe da guardiã, quando Laurene estava com 14 anos, com o nome de Beija-Flor. “A minha mãe me pediu no leito de morte que desse continuidade à essa brincadeira. Normalmente, o pássaro morre quando o guardião morre. Daí a importância desse trabalho de resgate, valorização dos pássaros e de criação dos novos. Para mim é uma alegria levar esse trabalho pq era o sonho da minha mãe”.

Em “Nas Asas da Liberdade”, o Colibri apresenta o enredo sobre a caçada do pássaro marcado pela presença de uma feiticeira que é presa após salvar a ave. “Estar no Theatro da Paz é maravilhoso porque ele deu origem aos teatro dos pássaros”, comemora a guardiã.

Circuito

Com a apresentação no Theatro da Paz, o Cordão de Pássaro Colibri inicia o circuito de apresentações. No próximo dia 19, ele vai se apresentar na Praça do Porto, na Ilha de Cotijuba, a partir das 19 horas; e, em 12 de março, na ilha de Mosqueiro.

Também em março, os cordões Arara Vermelha e da Arara Azul irão estrear com apresentações abertas ao público em Parauapebas, no dia 25, e em Canaã dos Carajás, no dia 26, respectivamente. Nas duas ocasiões, o Colibri do Outeiro também irá se apresentar.

 

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Cultura
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