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Documentário sobre o povo Gavião é exibido na aldeia da etnia, no Sudeste do Pará

A mostra de 'Pisar Suavemente na Terra', do diretor Marcos Cólon, integra a programação do FIA Cinefront.

O Liberal
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Quase dois anos após as gravações de “Pisar Suavemente na Terra”, documentário sobre o povo Gavião Akrãtikatêjê, o diretor do filme, Marcos Colón, volta à Terra Indígena Mãe Maria, no município de Bom Jesus do Tocantins, Sudeste Paraense, para exibir o filme. O evento gratuito acontece na sexta-feira, 14, às 18h30, na sede da aldeia Gavião Akrãtikatêjê. A exibição acontece dentro da programação do 8° Festival Internacional Amazônida de Cinema de Fronteira (FIA Cinefront).

O festival também vai exibir o filme no Acampamento Pedagógico da Juventude Sem Terra (MST), em Eldorado dos Carajás, na mesma região, no sábado, 15, às 19h. Essa atividade é alusiva ao Dia Mundial da Luta pela Terra, celebrado em 17 de abril, data do massacre de 19 trabalhadores rurais sem-terra, fato de repercussão internacional ocorrido naquele município. Após a exibição, haverá o debate sobre o “Cinema e as Lutas dos Povos das Amazônias”, com a participação de Marcos Colón e do co-roteirista do filme Bruno Malheiro, Doutor em Geografia e professor da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa).

image 'Pisar Suavemente na Terra' (Divulgação)

Filme

O filme retrata três lideranças indígenas da Amazônia que resistem em seus territórios às ameaças de mineradores, madeireiros, exploradores de petróleo e à construção de hidrelétricas e ferrovias. Uma das protagonistas do filme é Tônkyre Kátia Akrãtikatêjê, a primeira cacique mulher da aldeia, que vida é marcada pela construção da hidrelétrica de Tucuruí, conflitos e o deslocamento forçado de seu povo.

Ainda, o longa-metragem de 72 minutos traz depoimentos de Manoel, cacique do povo Munduruku, e José Manuyama, professor de origem Kukama, além da narração de Ailton Krenak.

image 'Pisar Suavemente na terra' (Divulgação)

O filme estreou na 46ª Mostra Internacional de Cinema e Exibição, em 2022, e venceu o prêmio de Melhor Fotografia no festival Filmambiente em novembro, no Rio de Janeiro. O documentário estreou nos Estados Unidos, em fevereiro deste ano, no Student Life Cinema da Florida State University (FSU) e foi selecionado para exibição no Spring 2023 New Jersey Film Festival.

“O filme é um convite para pisarmos suavemente e também para aprender com aqueles que cuidam e trabalham na Terra e pela Terra”, destaca o diretor.

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