CONTINUE EM OLIBERAL.COM
X

Paralisia de Bell: conheça a doença que afetou Fernanda Gentil e pode ser confundida com AVC

A jornalista sentiu a boca dormente enquanto cumprimentava o filho com um beijo e buscou ajuda médica. Confira as diferenças entre as duas doenças.

Lívia Ximenes
fonte

A jornalista Fernanda Gentil foi diagnosticada com paralisia de Bell, doença que ocasiona enfraquecimento ou perda de movimentos musculares de um lado do rosto. Em vídeo publicado no YouTube, no último sábado (24), Fernanda explicou aos internautas que sentiu a boca dormente ao beijar o filho, após o Carnaval.

VEJA MAIS

image Fernanda Gentil sofre com paralisia facial que pode ter sido causada por vírus da herpes
Jornalista fez uma alerta sobre os primeiros sintomas.

image Tricalouro, com paralisia cerebral, Lucas está matriculado na Uepa para aulas em março
Jovem comemora momento tão aguardado por ele e se prepara, agora, para cursar Filosofia

image AVC hemorrágico não é comum em crianças; especialista explica sinais de alerta
De acordo com o Ministério da saúde, o AVC hemorrágico é ocasionado quando há rompimento de um vaso cerebral e representa apenas 15% das ocorrências

“Comei a dar vários beijos nele [o filho], de saudade, e percebi que comecei a ficar com a boca um pouco dormente, do movimento do beijo”, explica. Fernanda conta que visitou os afilhados e, em momentos de chamego e beijos, sentiu, novamente, o incômodo na boca. “Cara, isso tá estranho. Tem algum movimento que eu tô fazendo que tá me machucando, tá me incomodando”, relembra. A jornalista diz que, depois, ficou fazendo repetidas vezes o movimento de beijos, mas a boca “não firmava” e isso a deixou em alerta.

A jornalista esclarece que não sentiu nada além da paralisia e que contatou o médico. O especialista descartou, como grande possibilidade, um Acidente Vascular Cerebral (AVC), tumor ou outros problemas neurológicos. Apesar dos diagnósticos prévios, Fernanda pediu ao neurologista uma ressonância magnética (exame de imagem) para ter certeza de que não questões maiores envolvidas.

“O médico já viu [o exame] e ele me diagnosticou com paralisia de Bell. A notícia ruim é que não tem uma origem certa, clara. Tem várias opções”, comenta a jornalista.

Ela alerta os internautas a prestarem atenção em todos os sinais do corpo e a procurarem ajuda médica. Fernanda está em tratamento com medicação adequada para o quadro e com acompanhamento fisioterapêutico.

O que é paralisia de Bell?

neurologista Larissa de Oliveira Ferreira Vicente, especialista em Neuroimunologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), explica que a Paralisia de Bell, também conhecida como paralisia facial periférica, é uma condição neurológica que causa fraqueza dos músculos de um lado do rosto.

A doença é causada pela inflamação do nervo facial, que pode ser provocada por diferentes vírus. Como resultado, há o enfraquecimento ou a perda repentina de movimentos musculares do rosto. Além da movimentação, o nervo facial também é responsável pela salivação e pelo estímulo das glândulas lacrimais.

O que causa a paralisia de Bell?

Entre as infecções virais que causam a paralisia de Bell, estão:

• Caxumba;
• Citomegalovírus;
• Covid-19;
• Gripe;
• Herpes labial;
• Herpes zóster;
• Mononucleose;
• Rubéola.

Quais os sintomas da paralisia de Bell?

Sobre os sintomas, a médica pontua que geralmente incluem fraqueza facial unilateral repentina, dificuldade em fechar o olho afetado, bem como a boca do mesmo lado, franzir a testa, dentre outros.

“A causa exata da Paralisia de Bell não é completamente compreendida, mas acredita-se que fatores como infecções virais possam funcionar como gatilhos para o seu aparecimento”, destaca a neurologista.

Os sintomas da paralisia de Bell são variados e afetam um único lado do rosto. Veja:

• Dor atrás de um olho;
• Dificuldade para enrugar a testa, piscar ou fazer careta;
• Perda do paladar de um lado da língua;
• Produção escassa ou excessiva de saliva;
• Rigidez e paralisia;
• Sensação de peso.

O que causa e como evitar a paralisia de Bell?

A médica explica ainda que a Paralisia de Bell muitas vezes ocorre de forma espontânea e não há medidas específicas que possam garantir a sua prevenção completa. No entanto, existem algumas práticas gerais de saúde que podem ajudar a reduzir o risco de desenvolver a condição ou diminuir a gravidade dos sintomas. São elas:
• Boa higiene: Manter uma boa higiene pessoal, especialmente lavando as mãos regularmente, pode ajudar a reduzir o risco de infecções virais que podem estar associadas à Paralisia de Bell;
• Evitar contato próximo com pessoas doentes, especialmente durante surtos de doenças virais, pode ajudar a reduzir o risco de infecções que podem desencadear a Paralisia de Bell;
• Gerenciamento do estresse;

“A Paralisia de Bell pode afetar tanto homens quanto mulheres, e não há uma predominância significativa de gênero associada à condição. No entanto, alguns estudos sugerem que pode haver uma leve tendência para afetar ligeiramente mais mulheres do que homens. Quanto à faixa etária, a Paralisia de Bell pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum em adultos jovens e de meia-idade, com um pico de incidência entre 15 e 45 anos. Embora seja menos comum, também pode afetar crianças e idosos. Portanto, não há uma faixa etária específica em que a Paralisia de Bell seja exclusivamente predominante, mas é mais comum em adultos jovens”, esclarece a especialista.

Quais as diferenças da paralisia de Bell e do AVC?

O Acidente Vascular Cerebral (AVC), diferentemente da paralisia de Bell, afeta todo o lado do corpo com paralisação ou enfraquecimento. Na paralisia facial periférica, apenas o rosto é atingido. O AVC prejudica movimentos de membros superiores e inferiores, por exemplo.

No caso do AVC, “observamos a fraqueza apenas no andar inferior da face, ou seja, fraqueza em um lado da boca. Além disso, é claro, o AVC frequentemente vem acompanhado de outros sintomas neurológicos, como dificuldade para falar ou compreender a fala, confusão mental, fraqueza em um braço e/ou perna, desequilíbrio, dormências, dentre outros. De todo modo, apesar de apresentarem gravidades completamente diferentes, ambas precisam de atendimento médico precoce. Então, em caso de paralisia facial, procure um serviço de pronto-atendimento”, completa.

Como diagnosticar paralisia de Bell?

A paralisia de Bell deve ser diagnosticada por um especialista, por meio de avaliação médica e considerando os sintomas. Exames de imagem, como raio-x, ressonância magnética ou tomografia computadorizada, também podem ser solicitados.

Como tratar paralisia de Bell?

No tratamento da paralisia de Bell, são utilizados medicamentos corticoides e colírios - caso o movimento dos olhos seja afetado. A fisioterapia também pode ser prescrita pelo médico para recuperação completa da movimentação. Remédios para herpes também são indicados por alguns médicos, já que a doença pode ser ocasionada pelo vírus.

Veja fala de especialista sobre a paralisia de Bell

(*Lívia Ximenes, estagiária sob supervisão da editora web de OLiberal.com, Vanessa Pinheiro)

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Celebridades
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM CULTURA

MAIS LIDAS EM CULTURA