Alexandre Pires é alvo de operação da PF contra garimpo ilegal em Terras Indígenas Yanomami

Organização teria movimentado R$ 250 milhões.

Bruna Dias
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O cantor Alexandre Pires é alvo de investigação da Polícia Federal. O cantor é suspeito de integrar um esquema de garimpo ilegal em Terras Indígenas Yanomami (TIY). De acordo com a PF, ao todo, a organização teria movimentado R$ 250 milhões.

A Operação Disco de Ouro, da PF, foi deflagrada na manhã desta segunda-feira (04). Os agentes cumpriram mandado de busca e apreensão no cruzeiro do cantor, em Santos. O objetivo da operação é desarticular um esquema de financiamento e logística do garimpo ilegal.

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A organização teria contado com o envolvimento de Matheus Possebon, famoso empresário do ramo musical, de expressão nacional. A investigação aponta que ele seria um dos responsáveis pelo núcleo financeiro dos crimes e Alexandre Pires teria recebido ao menos R$ 1 milhão de uma mineradora investigada.

As equipes cumpriram dois mandados de prisão, bem como seis de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Roraima, em Boa Vista (RR), Mucajaí (RR), São Paulo (SP), Santos (SP), Santarém (PA), Uberlândia (MG) e Itapema (SC). A Justiça determinou, ainda, o sequestro de mais de R$ 130 milhões em bens dos suspeitos.

Esse operação é um desdobramento de outra ação da PF, deflagrada em janeiro de 2022, quando 30 toneladas de cassiterita extraída da TIY foram encontradas na sede de uma empresa investigada e eram preparadas para envio ao exterior.

O inquérito policial mostra um esquema voltado para “lavagem” de cassiterita retirada ilegalmente da terra Yanomami e que o minério seria declarado como originário de um garimpo regular no Rio Tapajós, em Itaituba (PA), supostamente transportado para Roraima para tratamento. Além disso, as investigações revelam que a dinâmica ocorreria apenas no papel, pois o minério seria originário do próprio estado de Roraima. À época, a PF identificou transações financeiras que envolviam toda a cadeia produtiva do esquema, com participação presença de pilotos de aeronaves, além do auxílio de postos de combustíveis, lojas de máquinas, equipamentos para mineração e “laranjas”, para encobrir movimentações fraudulentas.

 

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