Bailarina renomada Deboah Colker dá aula gratuita para estudantes na Usina da Paz

20 jovens do bailarinos e bailarinas do bairro do Jurunas e Condor tiveram a oportunidade única de aprender com Deborah Colker

Vito Gemaque
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A renomada bailarina Deborah Colker repassa para 20 jovens bailarinos da Usina da Paz parte dos conhecimentos que a levou a ser uma referência na dança contemporânea brasileira. A criadora da Companhia de Dança Deborah Colker tem participado em Belém de um workshop que encerra neste sábado (15). Ela está em Belém para apresentar o espetáculo “Cura” no Theatro da Paz, além de ministrar aulas na sala de dança da Usina da Paz Jurunas/Condor, em Belém.

Os jovens bailarinos de nível intermediário aproveitam essa oportunidade única para aprimorar suas habilidades e expandir seus conhecimentos na área da dança. Nas primeiras aulas, Deborah falou sobre os movimentos fluidos, orgânicos, e a conexão entre corpo e mente. As aulas sempre têm também momentos de bate-papo e troca de experiências entre os participantes.

A programação é uma realização do Ministério da Cultura e Instituto Cultural Vale, em parceria com a Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania (Seac), e tem como objetivo proporcionar momentos de aprendizado, intercâmbio cultural e troca de experiências entre os participantes.

Deborah realizou ainda um espetáculo social para os alunos ontem (14). Ela revela que se sentiu muito honrada e orgulhosa pelo workshop. “É sempre assim, esses workshops e oficinas são sempre uma troca. Tão importante, uma troca de experiências, cada um no seu lugar, construindo a sua dança e construindo a sua experiência e construindo uma formação. Acho tão importante e bacana a gente viajar pelo Brasil e além de fazer os espetáculos ter essa aproximação com quem quer dançar. E essas pessoas vão se tornar bailarinos, dançarinos, professores, educadores, é sempre tão bom quando um espetáculo dá um passo adiante a aproxima mesmo essa estrada de cada um. O Brasil é um país que dança tanto então trocar essas experiências que as vezes chegam no Sul e aqui para cima de uma maneira diferente”, detalhou.

Workshop Deborah Colker

A professora de dança Izabela Belém, de 33 anos, moradora do Jurunas, é uma das alunas de Deborah Colker na Usina da Paz. “As vivências proporcionadas no workshop estão sendo muito valiosas. Experimentar processos coreográficos criados pela companhia têm nos despertado para entender na prática a estruturação da pesquisa, da escolha dos movimentos, o repertório musical e os caminhos que os levaram a composição coreografia até a apresentação do produto final entregue ao público durante o espetáculo no teatro”, explica.

O estudante do curso Intérprete e Criador da ETDUFPA, Luiz Gabriel, de 23 anos, integrante do Grupo de Break Shekinah, no bairro do Guamá, também tem aproveitado o conhecimento aprendido no workshop. “É uma experiência única, não é todo dia que temos o contato com esses artistas e receber informações que demoram chegar até aqui. Então estar mais próximo desses profissionais e ter essa troca é fundamental, estou gostando muito, quero aprender mais”, disse Luiz que já dança há 7 anos.

Para o secretário de Cidadania, Igor Normando, há uma troca de experiências entre os conhecimentos e vivências entre a artista e os alunos. “O olhar de fora para a periferia não é mais um olhar superior. Então, quando um grupo com essa importância chega em uma comunidade é esperando também uma troca e isso impacta de forma positiva, pois os bailarinos, além de aprender novas técnicas e aprimorar sua bagagem de talento, eles veem que é possível seguir numa carreira artística de forma profissional e isso impulsiona os sonhos de cada um”, explica o secretário de Cidadania, Igor Normando.

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A professora Emina Amil, de 24 anos, é outra participante que tem aprendido muito. Ela que também mora no bairro do Jurunas considera a oportunidade singular. "Tem sido de grande valia, desde o primeiro momento somos imergidos em toda a narrativa que é apresentada. São conhecimentos plurais e que tocam o nosso emocional, nos fazendo adentrar e viver aquilo que está sendo contado através da dança, somos envolvidos e levados a conhecer as mais deversas formas de cura que é contada através da dança, a forma como é contada e transferida através dos movimentos nos abraça veementemente de modo em que vivemos as mais diversas crenças, conseguimos sentir a verdade na pluraridade das religiões, medicina, dor e morte, alegria e vida". 

Deborah Colker termina o workshop neste sábado com o sentimento de dever cumprido e de que também aprendeu neste processo. “Acho fundamental ter essas trocas e essas oficinas. No final a gente não sabe quem ensina e quem aprende, porque todo mundo aprende e todo mundo ensina”, assegura.

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