#if(!$m.request.preview.inPreviewMode)
CONTINUE EM OLIBERAL.COM
X
#end

Ateliê lança catálogo de moda baseado em roupas de terreiro

Catálogo de moda vai celebrar o trabalho artesanal feito no Ateliê Obìnrin Odara, do terreiro de candomblé Ilê Omolu Oxum

Redação Integrada, com informações do Extra

O ponto de cultura e ateliê Obìnrin Odara, de São João de Meriti, no Rio de Janeiro, lança, na próxima sexta-feira (7), o catálogo digital Moda de Terreiro. A publicação revela, por meio das fotografias de Alex Ferro, o trabalho feito no terreiro de candomblé Ilê Omolu Oxum. A abertura do projeto será realizada com uma live na página do terreiro no Facebook, a partir das 18 horas, com discussão dos desafios da produção de atividades ligadas à moda na pandemia e celebração da religiosidade de matriz africana.

O projeto, que ficará disponível no site do terreiro, é capitaneado pela ialorixá Mãe Nilce de Iansã, Iyá Egbé, que cuida das ações comunitárias do terreiro. Segundo ela, o ateliê do terreiro surgiu em 2013 como uma forma de divulgar o saber ancestral que herdou da respeitada ialorixá Mãe Meninazinha de Oxum, que completou 60 de santo em julho de 2020 e que, por sua vez, aprendeu com a sua mãe de santo e avó materna, a baiana Maria Davina Pereira, ou Iá Davina de Omolu. Hoje, a máquina de costura da matriarca, que participou da fundação de dezenas de terreiros no Rio de Janeiro no início do século XX, está no Museu Memorial Iá Davina, também em São João de Meriti.

“A nossa casa tem a tradição de fazer essas vestimentas e nós começamos a fazer não só para nosso uso, mas para a nossa comunidade. Nós começamos e não paramos mais porque, antes, estava se carnavalizando demais as coisas de orixá, o que não é de nossa tradição. Depois, nós começamos a trazer o povo para dentro do terreiro para aprender, fazendo oficinas”, disse Mãe Nilce, que também não tem nada contra o carnaval ou com a popularização das vestes.

“Homenagem, a gente aceita. Só não aceita quando é pejorativo. Eu sou uma mulher de iansã e não gosto de ver ela representada de peito de fora como se fosse uma qualquer. Quando o pessoal mistura as coisas, fica feio, mas quando é positivo, é uma coisa real, é o que a gente acredita. Tem que respeitar. Não sou contra que o carnaval faça isso, desfilei muito, minha mãe tinha uma ala na Mangueira chamada de Ala do Afoxé e vi vários desfiles falando de candomblé, mas também vi muita coisa que não foi favorável. Mas vamos falar sim, da tradição, porque é uma forma de se divulgar”, completou.

O ateliê criado em 2013, que também já ajudou mais de 200 adolescentes no aprendizado de atividades artesanais, é especializado em geração de renda das mulheres do terreiro e da comunidade do seu entorno, fazendo vestes e adereços como panos da costa, panos da cabeça, saia de baiana, fios de conta e fios de axé, e também peças contemporâneas inspiradas na cultura afro.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱

Palavras-chave

Cultura
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM CULTURA

MAIS LIDAS EM CULTURA