Advogada de filho de Chico Anysio sobre testamento: 'Parecia programa humorístico'

O testamento foi anulado por falhas técnicas. Lug de Paula, o 'Seu Boneco', ficou de fora e a metade não foi garantida à viúva

Redação Integrada
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A advogada de Luís Guilherme de Souza Paula, o "Lug Paula", um dos filhos de Chico Anysio, Martha Christina Mariotti Claro, falou à Quem sobre os erros técnicos jurídicos que levaram à anulação do testamento de Chico Anysio. O valor do patrimônio deixado pelo humorista, que faleceu em 2012, aos 80 anos, seria de R$ 150 milhões, segundo o colunista Léo Dias. A anulação foi declarada no último dia 17 de dezembro, pela 2ª Vara da Família da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, atendendo, segundo a advogada, à ação judicial movida pelos herdeiros do artista. Ele deixou a viúva Maga Di Paula e oito filhos.

As falhas técnicas apontadas foram as seguintes: Chico contemplou no testamento a totalidade dos bens, quando o Código Civil determina que apenas a metade seja declarada em testamento, garantindo a parte que cabe à esposa, que não pode ser retirada do testamento. Além disso, o também humorista Lug de Paula, de 63, não foi contemplado no testamento.

"O testamento tinha erros técnicos jurídicos que levaram à anulação. Não fora só a questão do Lug não ter sido contemplado no testamento do Chico. Acontece que o documento cedia a integralidade dos bens, sem respeitar a legítima. Fora isso, o testamento mais parecia outro programa humorístico do saudoso Chico, determinando divisão de bens de forma incoerente. Como, por exemplo, dispondo sobre conteúdo dentro de lados de armários", explicou a a advogada de Lug.

Os advogados de Malga, Carlos Sanseverino e Denise Giardino, divulgaram o seguinte, via Agência Estado: "Na qualidade de Advogados de Malga Di Paula, informamos que o testamento de Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho (Chico Anysio) foi declarado nulo por sentença proferida pelo Juiz da 2ª Vara da Família da Barra da Tijuca sob o fundamento de que o testador dispôs da totalidade de seus bens, o que contrariou disposição do Código Civil. Apresentamos recurso de embargos de declaração para que o Juiz esclarecesse alguns pontos da decisão, principalmente no que se refere ao imóvel do Edifício Golden Royal, sobre o qual nossa cliente busca o reconhecimento de sua propriedade exclusiva. O recurso foi rejeitado, tendo sido aberto prazo para recorrer para o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, prazo este que expirará no final da próxima semana"

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