Joana Marte explora o que há entre o afeto e o desapego em novo álbum; ouça

Banda lança segundo disco da carreira nesta sexta, experimentando novos ritmos e sentimentos

Lucas Costa

A vulnerabilidade, o processo de cura e a projeção de novos horizontes são sentimentos que fazem parte de “Afeto e Desapego”, novo disco da banda Joana Marte que chega ao streaming nesta sexta-feira (6). Envolvido em intimidade desde a composição à gravação, o disco apresenta uma identidade da banda que vem sendo construída desde 2018, ano do lançamento do primeiro disco do trio.

Desde “De Outro Lugar”, disco anterior, a banda lançou alguns singles, mas o que mudou de lá pra cá, principalmente, foram as experiências que cada integrante passa a trazer para as gravações. Bruno Azevedo, baterista do trio, se consolida agora como principal compositor do novo trabalho, onde assina as canções "Flor", "Egresso" e "Solidão a Dois". Ao seu lado, Rubens Guilhon, vocalista e guitarrista, também assina três das dez músicas: "Vai Vendo", "Pra Gente Acontecer" e "Bagunçado".

“Eu tento compor desde bem cedo, mas sempre tive problema em gostar das coisas que eu escrevia. Joguei fora diversas canções nos primeiros anos tentando criar algo. De 2018 pra cá alguma coisa mudou, e minhas ideias musicais começaram a me agradar. Sozinho com o violão em casa comecei o que seriam as minhas músicas do novo disco. Algumas ainda foram descartadas, mas sinto que depois dessa leva, atingi um novo nível de maturidade para escrever”, conta Bruno, baterista e agora principal letrista da banda.

“Muita coisa mudou”, adianta Leonardo Chaves, baixista do trio, sobre a sonoridade. “Em 2018 quando lançamos o ‘De Outro Lugar’,  já havia o desejo de seguir por novas direções. Ao longo desse tempo nossas referências foram mudando e fomos nos distanciando gradualmente do rock psicodélico/progressivo e nos aproximando mais da música brasileira[...]. Então há essa mudança de temas, abordagens e roupagens bem evidente entre os trabalhos”, completa.

Os ritmos brasileiros que a Joana Marte se aproxima aqui são samba, maracatu, bossa nova e nova MPB, sem deixar de lado o rock alternativo que moldou a identidade musical de cada integrante. As letras das novas canções, por outro lado, expõem experiências pessoais dos integrantes, o que se conecta com o título do álbum.

“O disco chama-se ‘Afeto e Desapego’. Escolhemos esse nome quando percebemos que o tema de todas as músicas eram nossos sentimentos e relacionamentos. Desilusões, mágoa, distanciamento, amizades: esses são alguns dos temas das canções”, explica Bruno.

Além da formação clássica de voz, guitarra, baixo e bateria, os arranjos de sopro, cordas e percussão destacam-se na sonoridade geral do álbum: Nos metais, o trio carioca que já acompanhou artistas como Gilberto Gil, Gal Costa, Adriana Calcanhotto e mais recentemente a banda Bala Desejo: Diogo Gomes, Marlon Sette e Jorge Continentino; no violino, o multi-instrumentista paraense Luiz Pardal; e na percussão o percussionista soteropolitano, Aquim Sacramento.

Com 10 faixas e aproximadamente 33 minutos de duração, o álbum conta com produção da própria banda e mixagem e masterização por Nico Braganholo (Nico Studio-PR), exceto pela faixa "Egresso", mixada por Gui Jesus Toledo (Estúdio Canoa-RJ) e masterizada por Kleber Chaar (Fabrika Studio-PA).

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