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Agenda ambiental referenda o Pará como sede da COP 30, destaca Helder Barbalho

Em evento com empresários, governador do Pará falou sobre a construção dos alicerces de uma política ambiental eficiente

Agência Pará

O governador do Pará, Helder Barbalho, já havia priorizado a agenda ambiental e climática no Estado, sede da próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), muito antes da possibilidade de o evento ser realizado em Belém. Em reunião de líderes do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), nesta quinta-feira (5), em Brasília (DF), o governador destacou as ações desenvolvidas pelo governo paraense no âmbito da Política Estadual sobre Mudanças e do Plano Estadual Amazônia Agora.

“O Estado, desde 2019, tem feito a construção dos alicerces da ambiência necessária para que pudéssemos chegar até aqui nos apresentando e convidando parceiros que possam, antes de nos escolher, nos conhecer, conhecer aquilo que estamos fazendo, buscar aderência, para que nós possamos, a partir daí, conectar esforços. O CEBDS foi um importante parceiro ao longo dessa jornada. E a participação de vocês é fundamental. Eu, cada vez mais, acredito que a iniciativa privada é fundamental. Quem tem atuado para o financiamento ambiental é o setor privado”, ressaltou Helder Barbalho.

O governador disse que “nos sentimos muito confortáveis, porque esta não foi uma escolha de estratégia e de caminhada de sustentabilidade por comodismo ou pela circunstância, por termos sido escolhidos para ser a sede da COP. Nós não fomos pra essa agenda porque nos tornamos sede da COP. A sede da COP foi para o Pará porque nós já estávamos nessa agenda. E não foi uma escolha meramente política. Foi porque, enquanto os estados da Amazônia, naquele momento, estavam infelizmente capturados pela agenda negacionista que o Brasil vivenciava, o Pará era o único que estava em outra agenda, e hoje podemos fazer uma convocação para que os demais estados da Amazônia possam estar sintonizados”.

Helder Barbalho destacou ainda o papel de liderança na agenda ambiental que pode ser exercida pelo Brasil no cenário mundial. “O fato de termos o maior evento ambiental do mundo acontecendo no Brasil, e na Amazônia, nos alça à estratégia e ao papel de liderança, para que possamos ser a locomotiva desta agenda no âmbito internacional, dialogando sobre as urgências ambientais”, reiterou.

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O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável se apresenta como a voz do setor empresarial nas ações de desenvolvimento sustentável. Criado em 1997 por um grupo de empresários brasileiros que viam desafios e oportunidades na área de sustentabilidade, o CEBDS surgiu visando capacitar o setor para um novo modelo de negócios e contribuir com a solução dos principais problemas enfrentados na atualidade.

Legado ambiental 

Sobre os preparativos da capital paraense para receber a COP 30, Helder Barbalho destacou o compromisso do Governo em proporcionar um legado ambiental e de infraestrutura para a população. “A COP em Belém será extraordinária, porque ninguém vai a Belém fazer turismo de hotel. Quem está na COP é porque tem compromisso com o meio ambiente, e terá a importunidade de debater isso na floresta amazônica, da forma que ela pode receber cada um. Estamos trabalhando com todo o nosso esforço pra fazer o melhor evento, executando obras para que o evento deixe um legado para quem lá estiver, para discutir e construir meio ambiente, a agenda do futuro com o olhar das urgências do presente, e também deixar um legado para a cidade”, informou.

“Para isso”, acrescentou o governador, “temos trabalhado fortemente com comando, controle e fiscalização, porque esse é o nosso primeiro dever de casa: é reduzir e combater desmatamento e ilegalidades ambientais. Sem isto nós não vamos para a próxima página; mas só com isso nós não seremos perenes e sustentáveis. É preciso pensar a página seguinte. E por isso o Estado do Pará, desde 2019, tem a Política Estadual sobre Mudanças Climáticas e o Plano Estadual Amazônia Agora, que pautam alguns alicerces estratégicos”.

“Nós, que vivemos na Amazônia, temos que tentar puxar para que a floresta seja efetivamente alçada ao protagonismo dessa agenda, porque é a nossa grande oportunidade. Nós temos que fazer floresta viva valer mais do que floresta morta”, enfatizou o chefe do Executivo paraense.

As principais iniciativas do Pará na área ambiental também foram destacadas por Helder Barbalho ao grupo de empresários, como o Programa Pecuária Sustentável, uma política de desenvolvimento e integridade dessa cadeia produtiva, cujo desafio é identificar, até dezembro de 2026, 100% do rebanho no pasto, além da estratégia de concessão de áreas degradadas para a restauração florestal, ação que integra o Plano de Recuperação da Vegetação Nativa (PRVN).

Ele citou ainda o Sistema de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD)+ do Estado, que segue em construção coletiva, com povos indígenas, quilombolas, extrativistas, agricultores familiares e comunidades tradicionais, e a construção do Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, uma das principais obras de infraestrutura que serão entregues pelo governo estadual para a COP 30.

Transporte sustentável 

Fábio Schettino, CEO da Hidrovias Brasil, disse na reunião que o Pará tem uma das matrizes de transporte mais sustentáveis do planeta, se constituindo em um case na área.

“Existe uma discussão pacificada no Brasil que a hidrovia é o modal mais ambiental e socialmente responsável que existe. Se isso é verdade, o Estado deveria pleitear pra si o discurso de que tem a matriz de transporte mais sustentável do Brasil, e até do planeta, pois eu não conheço uma região que use mais o modal hidroviário, tanto para passageiros quanto para cargas a granel. O Brasil está acordando pra sua vocação hidroviária, da forma correta. Esse é um fruto maduro, que eu acho que precisamos enaltecer. O Pará tem a ensinar. Não há forma mais ambientalmente amigável e menos impactante do que transportar grandes volumes por grandes distâncias, num país de dimensões continentais como o Brasil, do que a hidrovia”, assegurou Fábio Schettino.

Solange Ribeiro, presidente do Conselho de Administração do Grupo Neoenergia, destacou a assertividade do processo de licenciamento ambiental do Pará, manifestando interesse em construir parcerias com o Estado. “O processo de licenciamento ambiental do Pará é um dos mais modernos do Brasil. Nós, da Neoenergia, abrimos agora uma empresa chamada Carbon to Nature e queremos muito discutir e deixar um legado para Belém nesse processo da COP”, adiantou.

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