Tempos arriscados Linomar Bahia 04.12.23 14h10 Muito se tem falado nas dificuldades dos últimos tempos nos tumultuados procedimentos de entes públicos e no comportamento das pessoas. O ex-ministro do STF, Marco Aurélio Melo, por exemplo, classificou como “estranhos” os fatos e acontecimentos entre estranhos e inusitados, seja nas invasões recíprocas de competências institucionais ou nas surpreendentes manifestações que se ouvem e se veem desprovidas de nexos e inoportunas. Há que se acrescentar aos episódios desprovidos de sentido e aos eventos conflitantes o fato de que poucas vezes e em raras oportunidades viver no Brasil passou a ser mais arriscado do que poderia imaginar a vã filosofia dos pensadores e poetas em suas fainas de explicar Ns prédicas sobre a vida. Parecem estar sempre à espreita os caçadores de eventuais impropriedades e escorregões,esperando alguma palavra ou gesto que enseje classificar de “racismo” ou “preconceito”. Ninguém está livre de acusação de procedimento considerado política e socialmente incorreto, preconceituoso ou de estuprador, praticamente bastando que alguém assim se arrisque a publicar numa rede social. Reputações pessoais e destruição de carreiras profissionais e de negócios estão sob risco permanente, muitas vezes chanceladas pela influência do modismo que tem permeado essas sucessivas ondas carregadas de ódio, dividindo as pessoas por “gênero” e “raça”. Qualquer esbarro físico, ou alguma palavra mal interpretada, poderá disparar situações que podem levar a brigas ou boletins policiais, inclusive por aproveitadores sempre ávidos por qualquer forma de levar vantagem, principalmente financeira. Relações sentimentais e profissionais, que se imaginavam bem resolvidas, têm vindo a público em terremotos beligerantes, por isso provocando mais dúvidas do que certezas quanto à veracidade nas esferas chamadas a decidir. Entre certezas esurpresasa denominada arte de viver têm inspirado compositores e escritoresem “best-sellers” de todos os tempos.No clássico “Grande Sertão: Veredas”, publicado em 1956, Guimarães Rosa já alertava que “viver é muito perigoso”, atribuído do próprio fato de existir. Em frequentes passagens enfatizou que ao correr da vida embrulha. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem”. Mais grave quando a relações interpessoais estão contaminadas pela ideologia e agressões à língua por impropérios de tratamento. Tempos arriscados de viver,principalmente quando há autoridade considerando racista a expressão técnico-científica “buraco negro”. Parafraseando o preceito bíblicode perdoar aqueles que não sabem o que dizem,“buraco negro” é referência da astrofísica para“uma região do espaço-tempo em que o campo gravitacional é tão intenso que nada pode escapar, sequer uma partícula ou radiação eletromagnética como a luz”. Linomar Bahia é jornalista escritor e membro das Academias de Letras, Jornalismo e Literária Interiorana Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave Linomar Bahia linomar bahia COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Linomar Bahia . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM LINOMAR BAHIA Linomar Bahia Os “xis” das questões 26.04.24 11h56 Linomar Bahia Acerto de contas 26.04.24 11h48 Linomar Bahia Bode expiatório 26.04.24 11h25 Linomar Bahia Aonde vamos? 12.03.24 16h46