CARLOS FERREIRA

Jornalista, radialista e sociólogo. Começou a carreira em Castanhal (PA), em 1981, e fluiu para Belém no rádio, impresso e televisão, sempre na área esportiva. É autor do livro "Pisando na Bola", obra de irreverências casuais do jornalismo. Ganhador do prêmio Bola de Ouro (2004) pelo destaque no jornalismo esportivo brasileiro. | ferreiraliberal@yahoo.com.br

Em vez dos milhões, saída honrosa para o Leão

Carlos Ferreira
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O Remo foi valente, muito aplicado. A eliminação nos pênaltis, depois de derrota por 2 a 0, não deixou de ser uma saída honrosa no fechamento de ótima participação na Copa do Brasil, que rendeu um faturamento de R$ 6 milhões e lucro pouco acima de R$ 5 milhões. Valeu muito a pena!

Apesar de claramente superior, o Corinthians viveu um grande drama para avançar na competição. Os erros em tomadas de decisão e limitações técnicas em lances capitais impediram o Remo de ter melhor sorte no jogo. Assim mesmo, o time azulino saiu engrandecido, sobretudo por ter derrotado o poderoso Corinthians em Belém. Certamente, o Leão Azul chega forte para a reta final do Parazão e para as rodadas iniciais da Série C: um título e um acesso nas ambições dos remistas.

Na temporada dos gringos, só um emplacou

No Remo, o paraguaio Richard Franco; no Paysandu o paraguaio Jorge Jimenez, os venezuelanos Robert Hernadez e D’Agostinho, além do colombiano Henríquez Bocanegra. No Tapajós o ganês Dennis Amoako e o nigeriano Elvis Ogbe. No Castanhal o colombiano Jefferson Murillo e no Caeté o uruguaio Lázaro Zoppi. Dos nove gringos importados pelos nossos clubes para esta temporada, o azulino Richard Franco é o único que emplacou. Titularíssimo!

Jimenez até começou bem. Foi dono da posição no meio de campo bicolor, mas perdeu espaço. Bocanegra ensaiou uma sequência de jogos, mas agora é reserva de Wanderson, que veio do Tocantinópolis. Jeferson Murillo teve alguns bons momentos no Castanhal e sucumbiu por lesões. O vice-presidente bicolor Roger Aguilera justificou a investida em estrangeiros como uma forma de “sair da mesmice”. De fato, produziu algo diferente: um pacote internacional de decepções. E isso deve desencorajar os nossos clubes a mais investidas em estrangeiros.

BAIXINHAS

* Copa do Brasil rendeu ao Paysandu R$ 863 mil em bilheteria e R$ 2,1 milhões em cota. Menos que o faturamento do Águia, R$ 3,8 milhões. Ironicamente, o clube marabaense só entrou na Copa do Brasil pelo título do Papão na Copa Verde. Com R$ 3 milhões guardados e área doada pela prefeitura de Marabá, o Águia planeja construir ainda este ano o primeiro campo do futuro Centro de Treinamentos. A campanha aguiana na Copa do Brasil terminou ontem na derrota para o Fortaleza (2 x 0) no Mangueirão.

* Fernando Gabriel esteve em campo nos últimos seis jogos do Paysandu. É a melhor sequência do meia de 34 anos, que aos poucos está ganhando ritmo e resistência para ser peça importante nesta reta final do Parazão, decisão de Copa Verde e na Série C. A estreia do Papão no campeonato brasileiro já será na próxima quarta-feira, em Belém, contra a Aparecidense.

* Lateral-esquerdo Kevin e os meias Gustavo Bochecha e Laranjeira estão passando por programa específico de treinamentos no Remo para serem colocados em condições para a Série C. O Remo ainda vai fazer duas ou três contratações. As prioridades são um atacante de lado e um de beirada. O Leão vai estrear na Série C em São Paulo, quinta-feira, contra o São Bernardo.

* FPF poderia (ou deveria) ter disponibilizado arbitragem Fifa para toda a fase semifinal do Parazão, já que só conseguiu viabilizar o VAR para os dois jogos da decisão do título. Seguramente, essa questão está sendo avaliada na Federação, pela veemência das queixas do Águia por causa do pênalti inexiste que deu vitória ao Paysandu em Marabá.

* Às vésperas da abertura da Série D, a Tuna anuncia o técnico Júlio César Nunes, indicando um novo recomeço. Grande risco! Faltam nove dias para as estreias da Tuna contra o Trem em Macapá e do Águia contra o Princesa do Solimões/AM em Marabá. O Águia vai chegar pronto e a Tuna em reforma.

* É louvável o acolhimento de cães e gatos no Mangueirão, mas inaceitável a circulação dos animais pelo gramado em dias de jogos. Um entrou em campo durante o jogo Remo x Caeté. Dois desfilaram às margens do campo e foram mostrados na transmissão do Amazon Prime no jogo Paysandu x Fluminense. Os responsáveis pelos animais não estão sendo tão responsáveis assim, talvez esperando pelas consequências de uma invasão e interferência em jogo importante, no ocorreu num Re-Pa de 2014. 

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