ADRENALINA

Por Rosiane Rodrigues

Quadro voltado para esportes radicais assinado pela jornalista Rosiane Rodrigues, que potencializou o amor pelos esportes radicais em 2017, quando iniciou as coberturas de Motocross em todo o estado do Pará. É pedagoga, letrista, gastróloga, CVO, CEO e CFO do site Gastronomia Paraense e CEO do RÔ Comunicação.

Marquinho Xibé: nome de respeito no ultraleve paraense

Rosiane Rodrigues
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Criados nos anos 70, nos Estados Unidos, os ultraleves caíram no gosto dos amantes de esportes radicais em todo o mundo. Com o voo do piloto Paul Gaiser, em 1978, a modalidade aérea chegou no Brasil e se popularizou rapidamente. 

Por volta dos anos 80, o paraense Marcos Miranda, conhecido como Marquinho ou Marcos Xibé, teve o primeiro contato com o ultraleve. Segundo ele, à época era ainda mais caro adquirir a máquina. “Andei como passageiro com o meu amigo Bento Machado, um dos pioneiros do esporte no Pará e, ali, me despertou o desejo de pilotar”, relembrou.

Aos 64 anos e mais de 30 anos no voo, em 91, o piloto conseguiu comprar a MX2, popularmente conhecida no estado como “Tremendão”, que é um avião de dois eixos. Para se sentir motivado e encorajado a aprender a voar, Xibé comprou o primeiro ultraleve sem saber manusear o equipamento. “Pensei, agora que comprei, eu tenho que aprender a voar. Foi uma forma de me impulsionar a aprender sem opção de voltar atrás”, disse Marquinho, que há anos é referência na instrução de ultraleve básico no estado, que vai da 1ª a 3ª geração.

Marquinho Xibé nome de respeito no ultraleve paraense

Depois do MX2, o piloto comprou o  FOX2, avião tandem, que começou a ser fabricado no Brasil em 87. Com esse modelo, o piloto interage há mais de 30 anos. Marquinho é apaixonado pelos ares. Quando começou a voar, prometeu a si mesmo que o seu voo seria no estilo ultraleve. Sobre o sentimento da pilotagem, o piloto descreve: "Quando a gente vai subindo nos ares, começamos a ver as coisas muito pequenas, e aí você percebe o quanto você é pequeno, igual o que você está vendo abaixo. Voar me deu muita visão. É ver que temos muito a agradecer pela vida”, disse o instrutor.

No mesmo ano em que aprendeu a pilotar, a revista VEJA, edição “Verão 28º”, veio ao Pará fazer um ensaio fotográfico com amantes do Ultraleve. Convidado pelos amigos Flavio Acatauassu, João Eduardo Brito e Luiz Machado, que já voavam há mais tempo e eram mais experientes na modalidade, Marquinho participou do ensaio fotográfico junto com a namorada Andréa Maia e ao lado de feras como Paulo Amorim, em uma praia em Outeiro, mas sem saber exatamente do que se tratava.

Esse foi o primeiro voo em grupo do piloto. Em seguida, o piloto colocou máquinas fotográficas nas asas e foi para Salinas. Quando chegou lá, foi convidado a fazer parte da equipe da ExpoVerão, ajudando de forma aérea, depois disso, os convites para dar apoio aéreo só cresceram e Xibé começou a trabalhar profissionalmente com o que tanto ama no mesmo ano em que começou a voar.

Anos depois, a surpresa. “Um dia, eu sentado na praia, encontrei uma aluna que me entregou uma revista. Eu pensei que era um manual, quando olhei, vi que era eu”, relembrou Xibé, ao se ver estampado na capa da edição “Verão 28º”, da Veja, exibindo toda paixão que tem pelo ultraleve e que ganhou repercussão a nível nacional.

“Para mim foi um susto muito grande, porque jamais imaginava que aquele ensaio fotográfico seria para a revista Veja e ainda mais me ver na capa. Eu não estava só na revista, eu estava na capa. Eu estava tendo todo o apoio dos meus amigos e isso foi muito bom”, enfatizou.

O amor pelo ultraleve fez com que Xibé comprasse um ônibus antigo e o transformasse em um motorhome, onde morou na praia por anos, ajudando com prevenções aéreas. Segundo o piloto, a prática esportiva vai muito além do amor pelo voo e ajuda em muito a segurança pública, estando sempre à disposição para intervir em prol da vida quando é preciso. “Antigamente não tinha helicoptero nas praias, e éramos constantes, quase todos os finais de semana nas praias, junto ao corpo de bombeiro e defesa civil", afirmou.

Nas instruções, as aulas só cresceram e se consolidaram até hoje. No manuseio do Ultraleve, um dos desafios e desejos de quem pratica o esporte, é dominar a máquina em voos com ventos fortes. "Os ventos de salinas predominam de oito a 25 milhas, dependendo da época. No verão, temos voos constantes de 15 milhas. Só que são ventos de origens, que não sofrem turbulência como o do mar em cima da praia. Sem turbulência, só velocidade. Depois que ele pega as influências da praia e do mangue é que começa a ter turbulência”, explicou. 

Para praticar o esporte, é fundamental que a pessoa entenda de meteorologia, para que tenha conhecimento de como dominar a máquina de acordo com o vento e a geografia do lugar, além de cumprir as aulas de instruções para estar habilitado a voar com segurança. “Quando a pessoa conhece a geografia e interage com a meteorologia, começa a reagir com o mesmo aproveitamento dos pássaros, voar com menos motor e conseguir mais altitude”, concluiu.

Acelerando

Motocross
O calendário de competição do Campeonato Paraense de MX está com programações em todos os finais de semana até o fim do ano. Saiba mais informações e como se inscrever para competir no Instagram da DS Sports (@dssportscompeticoes). 


Skate
As competições de ciclismo estão a todo vapor. Os amantes do esporte podem tirar suas dúvidas sobre locais e inscrições no site da Federação Paraense de Ciclismo (https://www.fpcpara.com.br/). 

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