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46ª edição da Festa da Chiquita movimenta público na praça da República

O comediante e apresentador Paulo Vieira está na festa da Chiquita gravando conteúdo audiovisual

Emanuele Corrêa e Vito Gemaque
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O público da 46º Festa da Chiquita já se concentra na praça da República, na avenida Presidente Vargas, esperando a Berlinda de Nossa Senhora de Nazaré passar para começar as suas homenagens e celebração. A apresentadora Flores Astrais conversou com a reportagem de O Liberal sobre a representatividade da festa que mostra o sincretismo religioso e é a celebração LGBTQIAPN+ mais antiga do Brasil. Confira mais detalhes!

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Público começa a chegar para a 46ª edição da Festa da Chiquita. Neste ano, uma área reservada especial em frente ao palco recebe membros da comunidade LGBTQIA+ e convidados especiais.

A apresentadora da 46ª Festa da Chiquita, Flores Astrais, de 28 anos, ressalta a importância da Chiquita como espaço de demarcação da comunidade LGBTQIA+ e patrimônio cultural e imaterial histórico tombado. "Eu comecei a apresentar a festa da Chiquita há cinco anos, por meio do intermédio do movimento das Themônias, movimento de arte e vanguarda paraense. E, desde então, o Eloi sempre renova esse convite", iniciou.

"Eu sempre me sinto muito honrada, de ser uma pessoa LGBT da cidade do Pará, somando a esse movimento que é histórico, que é um patrimônio tombado, cultural e imaterial, que há anos vem fazendo essa demarcação de território, no meio da festa do Círio, mostrando a importância dos nossos corpos e das nossas existências, também terem espaços de manifestações das sua fé, da sua alegria, da sua felicidade e da suas celebrações", cmpletou.

Após apresentar a Chiquita, Flores irá na corda no domingo do Círio, revelou. “Já virou a minha rotina de círio, apresentar a Chiquita e depois descansar e as 3h ou 4h já ir buscar meu lugar na corda. Eu ia com outra amiga travesti, comecei para ela se sentir mais segura, um espaço possível para nós travestis renovarmos nossa fé", contou.

A tradição que começou para acompanhar uma amiga, permanece e, segundo Flores, será assim, pois ela se sente renovada em sua fé, cada vez que vai na corda. "A minha amiga já não vai mais na corda pagar sua promessa. Mas eu continuo a ir na corda, para renovar as minhas forças, enquanto pessoa. Me faz lembrar que eu sou uma pessoa de muita fé. Então eu não abro mão de puxar a corda da Nazinha e no almoço comer aquela maniçoba, porque eu sou filha da Naza", concluiu entre risos.

Para Flores, a Chiquita é um momento de celebração e de memória, pois é um legado que se firma. "A festa da Chiquita é a manifestação LGBT mais antiga no Brasil. Ela surgiu ante mesmo da primeira parada LGBT. Então, renovar isso através de ações, que mantenham a Chiquita de pé, é preservar a memória. Principalmente a memória paraense e nortista. Mostrar que aqui na Amazônia nós já discutimos gênero e sexualidade através da cultura há muitos anos. É tratar sobre memória e posteridade. Deixar esse legado para as próximas gerações" finalizou.

O comediante e apresentador, Paulo Vieira acaba de chegar na Festa da Chiquita distribuindo sorrisos e tirando fotos com a comunidade LGBTQIA+.

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