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Voo do ‘Padre do Balão’ completa 15 anos; relembre a história

O sacerdote Adelir de Carli pretendia superar o próprio recorde e ficar 20h no ar, com destino final em Dourados, no Mato Grosso do Sul

Juliana Maia
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Há 15 anos, o padre Adelir Antônio de Carli voou amarrado a 1.000 bexigas com gás hélio, saindo de Paranaguá (PR), com destino ao Mato Grosso do Sul. O objetivo do sacerdote era superar a marca de voos e ficar 20 horas no ar e, assim, gerar atenção e angariar recursos para um projeto com caminhoneiros. Os planos de Adelir deram errado e o corpo do católico foi encontrado no Oceano Atlântico, causando a tragédia que ficou conhecida como o “Caso do Padre do Balão”.

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Meses antes de realizar o voo que causou a própria morte, Adelir fez outra viagem com balões. Nesta aventura, o padre sobrevoou durante quatro horas com 600 bexigas, saindo da cidade de Ampére, no Paraná, a San Antonio, na Argentina, completando uma distância total de 25 quilômetros.

Como o voo para a Argentina foi realizado com sucesso, o sacerdote decidiu ir ainda mais longe, aumentando a quantidade de bexigas em relação ao feito anterior. No dia 20 de abril de 2008, no início da tarde, o padre começava os preparativos para a aventura, que foi acompanhada de perto por católicos, apoiadores, curiosos e a imprensa.

Relembre a história

Às 13h, o padre e ativista deu início à viagem, sustentado em uma cadeira e preso a 1.000 balões. Junto a ele, estavam equipamentos de voo como paraquedas, capacete, roupas impermeáveis, aparelho de GPS, celular via satélite, coletes salva-vidas, traje de voo térmico, alimentos e água.

Durante o percurso, Adelir de Carli seguia fornecendo informações, como a temperatura do corpo e o estado de saúde, à equipe. Vinte minutos após levantar voo, o religioso conseguiu atingir uma altitude de 5.800 metros acima do nível do mar, quase o dobro do que era previsto.

Horas depois, o "Padre do Balão" começou a enfrentar problemas e pediu ajuda para conseguir utilizar o GPS e informar as coordenadas de onde ele estava. Neste momento, a bateria do celular via satélite estava reduzida e o aparelho ficou sem área de cobertura.

Corpo foi encontrado três meses depois

O último contato do católico ocorreu às 21h do mesmo dia, a cerca de 25 quilômetros do município de São Francisco do Sul, localizado em Santa Catarina. Considerado desaparecido, Adelir foi buscado pela Marinha, Aeronáutica e um grupo de bombeiros voluntários que buscavam o sacerdote por toda a extensão do mar que banha Santa Catarina.

No dia 4 de julho de 2008, após três meses, os restos do corpo foram encontrados no oceano, próximo à Maricá, no Rio de Janeiro. Para comprovar a identidade do corpo, foi coletada para exame de DNA uma amostra de material genético do irmão do padre, Moacir de Carli, que confirmou a identidade de Adelir de Carli.

As investigações do caso apontam que o mau tempo teria mudado a rota do "Padre do Balão", o levando em direção ao mar, causando a fatalidade que marcou o Paraná e o Brasil. Segundo a Polícia Civil, o sacerdote caiu no mar e morreu por hipotermia, que ocorre quando a temperatura do corpo se encontra abaixo de 35ºC, podendo ser ocasionada por exposição excessiva ao frio.

O corpo de Adelir de Carli foi recebido com aplausos de fiéis e admiradores em Paranaguá (PR) e sepultado em sua cidade natal, Ampére, no mesmo estado.

(Estagiária Juliana Maia, sob supervisão da editora web de OLiberal.com, Tainá Cavalcante)

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