Um ano depois, família de protetor de terra na Amazônia afirma que nada mudou

As vítimas faziam parte de um grupo de 120 voluntários indígenas Guajajara, conhecidos como "Guardiões da Floresta", que patrulham áreas protegidas da maior floresta tropical do mundo

Reuters

Madeireiros ilegais estão operando sem controle na Amazônia brasileira em meio à pandemia do coronavírus, apesar do governo ter prometido agir depois que um ativista pró-terras indígenas foi morto há exatamente um ano tentando proteger a floresta, afirmou o primo da vítima.

Paulo Paulino Guajajara, ou Lobo, estava caçando no dia 1º de novembro de 2019 dentro da reserva da Araribóia, no Maranhão, quando foi atacado e baleado na cabeça. Seu primo, Laércio Guajajara, foi ferido mas escapou com vida.

Lobo e Laércio faziam parte de um grupo de 120 voluntários indígenas Guajajara, conhecidos como "Guardiões da Floresta", que patrulham áreas protegidas da maior floresta tropical do mundo, queimando acampamentos e madeira de madeireiros ilegais.

"O governo disse que protegeria nossas terras, mas nada mudou. O desmatamento continua", disse Laércio à Thomson Reuters Foundation por telefone, solicitando que sua localização não seja revelada por motivos de segurança.

“Um ano depois da morte de Lobo, ninguém ainda foi preso.”

O desmatamento na Amazônia atingiu seu ápice nos últimos 11 anos em 2019, com defensores do meio ambiente e cientistas culpando as políticas do presidente direitista Jair Bolsonaro que reverteu proteções ambientais e apelou para o desenvolvimento florestal.

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