Sindicato de policiais critica desfile da Vai Vai: "demoniza a polícia"

Para a escola a apresentação foi um manifesto de luta e resistência, a começar elo título do enredo, que citou uma das mais icônicas canções dos Racionais MC’s.

O Liberal
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O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp) criticou publicamente o enredo da Escola de Samba Vai-Vai, de São Paulo, que desfilou no Sambódromo do Anhembi, na última segunda-feira (12).

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Por meio de uma nota de repúdio, os agentes afirmam que ao retratar policiais como demônios na ala “Sobrevivendo no Inferno”, a escola "tratou com escárnio a figura dos agentes da lei", utilizando alegorias com chifres e outros itens que remetiam à figura de um demônio. Na leitura dos delegados, essa representação demonizou a polícia e desrespeitou os profissionais que se dedicam à proteção da sociedade. Confira a nota completa do sindicato ao final da matéria.

A apresentação da Vai-Vai, na ótica da escola, foi um manifesto de luta e resistência, a começar pelo título do enredo, que citou uma das mais icônicas canções dos Racionais MC’s. A letra do rap fala da exclusão do povo negro, principal alvo de violência policial. Houve intervenções musicais com DJ em meio ao samba, representações de hip hop e de grafite ao longo do desfile, além da oposição da cultura popular ao movimento modernista. A escola também trouxe a estátua de Borba Gato grafitada e queimando, como forma de protesto.

Leia a nota completa do sindicato:

"O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp) manifesta, veementemente, repúdio ao Grêmio Recreativo Cultural e Social Escola de Samba Vai-Vai, que, na noite de sábado (10/2), no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo-SP, durante seu desfile, tratou com escárnio a figura de agentes da lei. 

Com direito a chifres e outros itens que remetiam à figura de um demônio, as alegorias utilizadas na ala “Sobrevivendo no Inferno”, demonizaram a polícia – algo que causa extrema indignação. 

Ao adotar tal enredo, a escola de samba, em nome do que chama de “arte” e de liberdade de expressão, afronta às forças de segurança pública, desrespeita e trata, de forma vil e covarde, profissionais abnegados que se dedicam, dia e noite, à proteção da sociedade e ao combate ao crime, muitas vezes, sob condições precárias e adversas, ao custo de suas próprias vidas e famílias. 

É de se lamentar que o Carnaval seja utilizado para levar ao público mensagem carregada de total inversão de valores e que chega a humilhar os agentes da lei. 

O Sindpesp não compactua com este tipo de manifestação e presta solidariedade aos profissionais da segurança pública de todo o País – estes, sim, verdadeiros heróis, que merecem homenagens, reconhecimento e mais respeito por parte da agremiação, para dizer o mínimo. 

Outrossim, o Sindpesp aguarda que a Vai-Vai, num momento de lucidez e de reflexão, reconheça que exagerou e incorreu em erro na ala em questão, e se retrate, publicamente. Não estamos falando, afinal, apenas dos policiais, sejam civis ou militares, mas, sobretudo, de uma instituição de Estado que representa e está a serviço de toda a sociedade bandeirante."

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