Professor universitário é afastado do cargo a pedido da PF por possível tráfico de órgãos humanos

Investigação aponta que destino das partes humanas era Cingapura, para um designer que faz peças a partir desse material

O Liberal
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Um professor da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) foi afastado pela instituição de forma cautelar, por 30 dias, na manhã desta terça-feira (22). A Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Plastina, para investigar fatos relacionados a uma possível prática do crime de tráfico internacional de órgãos humanos. E o recebimento do ofício nº 09/2022, da 4ª Vara da Justiça Federal, que determinou a ação, baseada na investigação policial.

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Os indícios são de que tenha sido postada uma encomenda contendo uma mão e três placentas de origem humanas, de Manaus para Cingapura, cujo destinatário é um designer indonésio que vende acessórios e peças de roupas utilizando materiais de origem humana. Segundo as investigações, o suspeito enviou órgãos humanos plastinados – em nota, a UEA informou que o procedimento é utilizado como prática de ensino da disciplina, no laboratório de anatomia, da qual o suspeito é professor.

“O referido laboratório realiza a técnica de plastinação desde 2017. A plastinação é um procedimento técnico de preservação de matéria biológica, criado pelo cientista Gunther Von Hagens em 1977, e que consiste em extrair os líquidos corporais, tais como a água e os lipídios, através de métodos químicos, para substituí-los por resinas elásticas de silicone e rígidas epóxicas”, explica a instituição de ensino.

A ação da PF tinha o objetivo de cumprir dois mandados de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da SJAM, sendo um na residência do investigado e outro no laboratório de anatomia. A UEA, na nota, disse que já foi realizada a busca e apreensão pela Polícia Federal de um computador e peças anatômicas tratadas por meio de plastinação.

Após tomar conhecimento do ofício que determinou o afastamento cautelar do professor investigado e da ação de busca e apreensão no laboratório, a Reitoria da UEA cumpriu a ordem judicial e determinou a abertura de sindicância para a apuração dos fatos e responsabilidades, diz a universidade.

Caso seja condenado, o investigado poderá responder, na medida de sua responsabilidade, pelo crime de tráfico internacional de órgãos humanos, com pena de até oito anos de reclusão. O nome da operação é uma alusão ao procedimento utilizado pelo investigado para conservar os órgãos traficados.

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