Pernambuco registra primeiras mortes com superfungo em 2024

Hospital em que pacientes estavam internados confirma contaminação

Kamila Murakami / Especial para O Liberal

A Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE) confirmou, nesta quarta-feira (28), as três primeiras mortes de pessoas com superfungo Candida auris no estado em 2024. As alas do hospital onde as pacientes estavam internadas estão isoladas e 13 pessoas que estiveram em contato direto com elas precisaram colher material biológico para testagem.

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Segundo o órgão, as mortes não teriam sido causadas pela Candida auris, mas, por complicações relacionadas a outras doenças de base. O super fungo pode causar infecção de corrente sanguínea e outras infecções invasivas.

As três mulheres com idades entre 77, 75 e 44 anos estavam internadas no Hospital Getúlio Vargas (HGV), que intensificou, desde o último sábado (24), a execução de protocolos de segurança pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH),

Monitoramento

Por meio da SES-PE, a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) informou que está disponibilizando apoio técnico ao HGV, com realização de monitoramento e reforço das medidas sanitárias necessárias.

Ainda segundo o órgão, as amostras de material biológico das outras 13 pessoas que estavam na mesma área das pacientes que morreram foram enviadas para o Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen/PE), onde passarão por exames de testagem.

Candida Auris

Em entrevista ao portal JC Notícias, o infectologista Filipe Prohaska, explicou que o agente infeccioso é multirresistente a diversos medicamentos antifúngicos. "É um micro-organismo exclusivamente hospitalar", diz o médico, que é consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia.

Ainda segundo o médico, o Candida auris pode permanecer viável por longos períodos no ambiente (semanas ou meses) e apresenta resistência a diversos desinfetantes, inclusive os que são à base de quaternário de amônio.

Estudos apontam que até 90% dos pacienrtes isolados de Candida auris são resistentes às seguintes medicações: fluconazol, anfotericina B ou equinocandinas.

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