Hepatite B: 1 em cada 4 brasileiros tem a doença sem saber; veja os sinais

Ministério da Saúde busca ampliar o diagnóstico e tratamento da enfermidade no Brasil

O Liberal
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O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (19), durante coletiva de imprensa, que cerca de um em cada quatro brasileiros desconhece ser portador do vírus da hepatite B. Os dados revelam que, dos aproximadamente 1 milhão de pessoas estimadas a viver com essa doença viral no país, apenas 264 mil (24%) receberam o diagnóstico até o momento, com somente 41 mil em tratamento. O órgão estabeleceu a meta de alcançar 100 mil pessoas em tratamento nos próximos dois anos.

A situação da hepatite B no Brasil é um desafio, mas houve uma redução nos registros de novos casos entre 2019 e 2022, passando de 14.350 para 9.156, fato que pode estar relacionado à pandemia de covid-19. A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério, Ethel Maciel, ressaltou a importância de resgatar e expandir o diagnóstico nas unidades de saúde para melhorar a situação.

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Atualmente, o país enfrenta cinco tipos de hepatite, sendo os tipos A, B e C os mais comuns, apresentando risco significativo ao fígado, inclusive podendo levar a quadros graves como cirrose.

Novo tratamento no SUS é esperança

Uma esperança para o tratamento da hepatite B no Sistema Único de Saúde (SUS) surge com a aprovação da inclusão de um novo tratamento pela Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias), que permitirá a cura em menor tempo e com menos efeitos colaterais. O novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) possibilitará um início mais rápido do tratamento, pois bastará identificar a carga viral e a idade do paciente. Antes, era necessária a avaliação por especialistas e outros testes.

As estatísticas mostram que a doença afeta principalmente homens, representando 56% dos casos, e o Ministério da Saúde pretende ampliar o diagnóstico para atingir 90% dos casos possíveis até 2030. Atualmente, o SUS disponibiliza vacinas tanto para hepatite A quanto para hepatite B, mas a cobertura vacinal tem diminuído desde 2015, o que reflete nos índices de transmissão na fase adulta.

Vacina deve ser aplicada em quatro doses ao longo do primeiro ano de vida

A médica Ethel alertou para a importância de resgatar a cobertura vacinal, especialmente em crianças, e garantiu que a vacina contra hepatite B deve ser aplicada em quatro doses ao longo do primeiro ano de vida. Para os adultos, são recomendadas três doses da vacina.

Uma das dificuldades no diagnóstico da hepatite B é a falta de sintomas em estágios iniciais, levando a maioria das pessoas a perceberem os sinais somente quando a doença já está avançada.

Quais os principais sintomas da hepatite B?

Os principais sintomas incluem cansaço, tontura, enjoo, vômito, febre e amarelamento da pele e dos olhos. Por isso, é crucial que a população busque a testagem rápida da doença e solicite o exame de sangue nos postos de saúde.

A transmissão da hepatite B ocorre por várias formas, incluindo o sexo sem preservativos com uma pessoa infectada, compartilhamento de seringas e agulhas no uso de drogas, e também de mãe para filho durante a gravidez. É importante estar atento ao uso de objetos cortantes, como alicates de manicure, que podem transmitir o vírus através de sangue contaminado.

Além da vacinação contra hepatite B, o SUS oferece a vacinação contra hepatite A para a infância. O Ministério da Saúde estuda a possibilidade de ampliar o público-alvo da vacinação para incluir homens que fazem sexo com homens, pois tem havido um aumento significativo de casos de hepatite A entre essa população. A Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização do Ministério deverá analisar essa proposta, com base em dados que revelam o aumento de casos confirmados de hepatite A no país entre 2021 e 2022.

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