Operação no RJ deixa 10 mortos e cinco feridos no Complexo da Penha

Ação policial começou por volta das 3h da manhã e só terminou às 14h, após um protesto envolvendo moto-taxistas

O Liberal
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Dez pessoas morreram e cinco ficaram feridas durante uma operação das polícias Militar e Civil no Complexo da Penha, Zona Norte do Rio de Janeiro. Dois dos feridos são policiais militares do Bope. A operação policial começou por volta das 3h da manhã e só terminou às 14h, depois de um protesto envolvendo moto-taxistas, nesta quarta-feira (2).

De acordo com a PM, nove pessoas baleadas são suspeitas de participar da troca de tiros e foram socorridas pelas forças policiais e morreram no Hospital Getúlio Vargas. Uma vítima foi socorrida por moradores e não teve sua identidade apurada.

A motivação para a ação desta quarta foi a informação da inteligência da Polícia Militar, que descobriu que haveria uma reunião de líderes do Comando Vermelho em uma região dentro do Complexo da Penha, conhecida como Vacaria.

Segundo moradores, os confrontos e tiroteios começaram por volta das 3h. "Muitos tiros, muitos tiros na mata. O caveirão subiu a parte da mata e bateu de frente com os bandidos todos armados, fortemente armados. Aí, estourou uma cena de guerra intensa aqui em cima na mata", disse um morador.

"Estamos trabalhando para garantir a paz e segurança fluminense. O Estado vai tomar as medidas necessárias para garantir isso. É possível e provável que tenha mais lideranças do tráfico entre os mortos que ainda não foram identificados. Fomos lá para prendê-los, mas eles enfrentaram e acabaram mortos", afirmou o coronel Marco Andrade.

Durante o confronto, um policial militar foi ferido no abdômen e levado para o Hospital Estadual Getúlio Vargas (HGV), na Penha. Em seguida, ele foi transferido para o Hospital Central da Polícia Militar, no Estácio, no Centro do Rio. O estado de saúde do PM é estável.

Outro foi ferido por estilhaços no local do confronto, sem gravidade e socorrido ali mesmo.

Mortos

Um dos mortos foi identificado como Carlos Alberto Marques Toledo, conhecido como Fiel da Penha. Ele era gerente do tráfico de drogas no Sereno/Chatuba e vinha sendo procurado pela polícia.

Outro morto foi identificado como sendo o traficante Du Leme. Carlos Henrique da Silva Brandão era procurado pela polícia e acusado de ser chefe do tráfico de drogas na Chatuba. Ele tinha quatro mandados de prisão em aberto.

Agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil estão na Vila Cruzeiro e na Chatuba em busca de suspeitos que fariam parte da liderança do Comando Vermelho (CV).

Escolas sem aulas

No início da manhã, as escolas não tinham sido impactadas por conta do jogo da seleção brasileira na Copa Feminina de Futebol. As aulas estavam previstas para começar às 11h, o que não ocorreu em função do tiroteio. Ao todo, 3.220 estudantes ficaram sem aulas nesta manhã.

"Quem precisa subir o morro de carro não consegue, tem que esperar e se abrigar em algum local seguro para escapar do tiroteio. Os moradores não podem sair de suas casas para ir trabalhar, nem pra levar as crianças para a escola", disse um morador.

As visitas domiciliares das equipes de saúde que atendem na comunidade também foram suspensas. A Polícia Civil sustenta que a Vila Cruzeiro é um dos principais redutos do Comando Vermelho, onde os bandidos se estruturam para iniciar guerras e invasões a territórios de bandos inimigos.

Até o momento, sete fuzis, munições e granadas foram apreendidos. A ocorrência foi encaminhada para a Delegacia de Homicídios da Capital

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