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Ataques de 8 de janeiro contabilizam prejuízo de mais de R$ 20 milhões

Segundo informações fornecidas pela cúpula dos três Poderes, o STF teve o maior prejuízo, com um valor de R$ 11,4 milhões

Mariana Azevedo
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O valor total de dinheiro público desembolsado ou previsto para cobrir os prejuízos de 8 de janeiro já supera R$ 20 milhões, segundo informaram o STF (Supremo Tribunal Federal), Palácio do Planalto e Congresso Nacional.

Segundo as informações fornecidas pela cúpula dos três Poderes, o STF teve o maior prejuízo, com um valor de R$ 11,4 milhões até agora, entre dinheiro já desembolsado e estimado. Em seguida, vêm o Congresso, com R$ 4,9 milhões -R$ 2,7 milhões na Câmara e R$ 2,2 milhões no Senado--, e o Planalto, com R$ 4,3 milhões.

O relógio francês do século 18, entregue pela corte francesa como um presente a dom João 6º, foi arremessado por duas vezes no chão no dia dos ataques. Há somente duas unidades do relógio produzido pelo artista Balthazar Martinot --o segundo está no Palácio de Versalhes, na França. O armário usado como base para o relógio, uma âncora em porcelana e uma cadeira de jacarandá estão entre as outras obras danificadas cuja avaliação ainda não foi feita.

Identificado como Antonio Claudio Alves Ferreira,  o homem que arremessou o relógio de dom João 6°, foi preso pela Polícia Federal no dia 23 de janeiro na cidade de Uberlândia (MG). Em 8 de janeiro, ele usava uma camiseta com o rosto de Bolsonaro.

A Folha de S.Paulo informou que fez no início do mês passado pedidos, por meio da Lei de Acesso, ao STF, Câmara, Senado e Planalto - só os dois últimos responderam até agora. Apesar disso, a Câmara enviou relatório atualizado dos prejuízos à CPI.

O maior custo informado pelo Executivo se refere a obras de arte danificadas. A Coordenação-Geral de Gestão Patrimonial da Presidência identificou avarias em 24 delas. Dessas, 15 tiveram os valores avaliados pelo órgão, em montante que chega a R$ 3,5 milhões.

Em relação à estrutura do palácio, o maior gasto foi com a reposição da vidraçaria quebrada, que deu cerca de R$ 204 mil. Há ainda uma relação de 149 itens que desapareceram, entre eles oito armas de choque tipo spark elite 22.0, aparelhos de saúde (estetoscópio, nebulizador e glicosímetro), algemas, poltronas, gaveteiros e outros objetos.

Assim como no Planalto, no Congresso os maiores valores informados dizem respeito à restauração de obras de arte e históricas danificadas pelos vândalos. A Câmara vai precisar também trocar todos os 2.000 metros quadrados de carpete do Salão Verde -o principal da Casa, a um custo de R$ 626 mil.

Os ataques de 8 de janeiro, promovidos por apoiadores de Bolsonaro, ocorreram dias depois da posse do presidente Lula (PT) e representaram uma ação inédita na história da República.

A Procuradoria-Geral da República já denunciou 1.390 pessoas pelo quebra-quebra na praça dos Três Poderes. Dessas, o STF já aceitou a denúncia contra 1.290, o que os levou à condição de réus. O caso também motivou a instalação de uma CPI mista no Congresso Nacional.

Em outra frente que tramita na Justiça Federal, a AGU (Advocacia-Geral da União) ajuizou ações para buscar o ressarcimento dos prejuízos causados aos cofres públicos.

Em três pedidos, segundo o órgão, foi solicitada a indisponibilidade de bens de mais de uma centena de pessoas e empresas, inclusive, das acusadas de financiar o fretamento dos ônibus que transportaram os apoiadores de Bolsonaro a Brasília nos dias que antecederam os atos.
 

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