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Vendedores de comida se preocupam diante de remanejamento em Belém

Nove trabalhadores que vendem comida em uma área de alimentação, na passagem do Arame, no bairro da Pedreira, em Belém, estão preocupados se vão poder permanecer naquele espaço

Dilson Pimentel

Nove trabalhadores que vendem comida em uma área de alimentação, na passagem do Arame, no bairro da Pedreira, em Belém, estão preocupados se vão poder permanecer naquele espaço. Eles contam que trabalham na área há 15 anos. Antes, vendiam comida ali pertinho, em frente ao Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, na travessa Alferes Costa, de onde foram transferidos para o local onde estão atualmente.

Vendedora de comidas típicas, Raquel Lopes, 41 anos, disse que há muitas informações desencontradas sobre os desdobramentos da obra e sobre como ficará a situação dos trabalhadores. Eles dizem que têm permissão da Secretaria Municipal de Economia (Secon), da Prefeitura de Belém, para trabalhar no local. “Somos permissionários aqui há 15 anos. Fomos remanejados do hospital de clínicas pra cá", contou.

"Na quarta da semana passada, dia 4, dois funcionários da Secon vieram nos notificar dizendo que teríamos que sair daqui em 72 horas, nos oprimindo”, contou Raquel. E, na segunda-feira (9), os funcionários da empresa que executam a obra já começaram a fechar o espaço. “Colocaram tapume. O trator já passou. Estão quebrando as calçadas”, disse a vendedora.

image Vendedora de comidas típicas, Raquel Lopes: "Não sabemos para onde vamos. Como vamos trabalhar? Como vamos sobreviver?” (Igor Mota/O Liberal)

"Como vamos trabalhar? Como vão sobreviver", questiona vendedora

“A gente não pode sair daqui sem ter um respaldo das autoridades competentes, sem que seja feito um remanejamento verdadeiro. Sem a garantia de que, após as obras, nós vamos continuar aqui”, contou. “Não sabemos para onde vamos. Como vamos trabalhar? Como vamos sobreviver?”, completou Raquel.

Os trabalhadores têm informação de que, até esta quarta-feira (11), todo o espaço estará fechado e eles não poderão mais trabalhar no local. Erasmo Carvalho, 51 anos, que vende cachorro quente, disse que os trabalhadores pagam para ficar nesse espaço.

“Inclusive fomos renovar o nosso cadastro na Secon”, afirmou. Ainda segundo Erasmo, são nove trabalhadores, mas a informação é que seis vão continuar no local após o término das obras. "E como vai ficar a situação dos demais?", questionou. Pela manhã, os trabalhadores da obra disseram que só quem poderia dar informações era o engenheiro responsável pelos serviços e que, naquele momento, não se encontrava no local.

Remanejamentos


Em nota, a Secretaria de Estado de Obras Públicas (SEOP) informou que as obras de construção de quiosques padronizados estão em andamento para dar mais conforto e comodidade. A responsabilidade pela transferência dos permissionários é da Prefeitura de Belém. A Redação Integrada de O Liberal entrou em contato com a Prefeitura e aguarda retorno.

Por sua vez, a Secretaria Municipal de Economia (Secon) diz que os trabalhadores informais que atuam na praça do Arame, no bairro da Pedreira, estão sendo remanejados para a lateral da Travessa Alferes Costa, justamente “em virtude da obra de reforma na praça”, que está sendo executada pela Secretaria de Estado de Obras Públicas do Pará (Seop).

A Secon diz ainda que os permissionários “atuarão provisoriamente na área até a conclusão da reforma pelo governo do Estado, quando serão ordenados no espaço revitalizado”.

 

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