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Santo Antônio: cozinheiro, casamenteiro e líder religioso

Conheça a história de um dos santos que, na religião católica, é visto como padroeiro dos casais e protetor dos pobres

Eduardo Rocha
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Neste domingo (13), Dia de Santo Antônio, devotos e fiéis em geral se dedicam à reflexão sobre a postura desse ícone da Igreja Católica. A figura humana do santo decidiu viver a fé com destemor. Superou obstáculos e, mais uma vez, a data tem uma mensagem para os cristãos neste período de adversidades provocado pela pandemia de covid-19. Em Belém, a Festividade de Santo Antônio atinge o auge com a realização de carreata em homenagem ao padroeiro. Mas a explicação do porquê ganhou o título de "santo casamenteiro" ou de "padroeiro dos casais" remonta a Europa do século XIII.

Santo Antônio tinha como nome original Fernando de Bulhões. Ele nasceu em 1195, em Lisboa, em família nobre e rica. Foi membro da Ordem de Santo Agostinho e ordenado sacerdote aos 25 anos. Santo Antônio morreu aos 36 anos de idade em Pádua, na Itália, em 13 de junho de 1231.

O frei e diácono transitório Lucas Felipe Costa, 28 anos, da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, explica que Santo Antônio era franciscano. Inclusive, teria conhecido São Francisco.

"Um dia, em Lisboa, Santo Antônio viu frades que iriam atuar como missionários no Marrocos, na África. Só que tempos depois, esses frades foram mortos por sarracenos e voltaram para Lisboa, mas como falecidos. Esse fato impressionou muito Santo Antônio, que era da Ordem dos Agostinianos. Então, ele resolveu viver como os frades viveram e ingressou na Ordem dos Frades Menores, recém-fundada por São Francisco de Assis na Itália. Ele vestiu hábito franciscano e trocou de nome de vez. Até então, se chamava Fernando", conta frei Lucas.

Daí em diante, Antônio aventurou-se como missionário. Ele seguia viagem para o Marrocos, mas uma tempestade em alto mar acabou fazendo com que ele rumasse para a Itália, onde conheceu São Francisco. Francisco designou Antônio para atuar em um convento.

Conta-se que na cidade de Pádua, na Itália, uma jovem muito pobre não tinha dote para arcar com o matrimônio. Santo Antônio conseguiu esse dote junto a conhecidos e colaboradores dele. Assim, começou a fama do Santo Casamenteiro.

O santo é considerado também o protetor das coisas perdidas e dos pobres. Credita-se a ele muitos milagres em vida, porque nas pregações que fazia em praças e igrejas, cegos, surdos, coxos e enfermos  ficavam curados. Santo Antônio é autor de obras importantes para a Igreja.

 

Talentos como líder religioso e na cozinha

"Santo Antônio, como padre, celebrava missa e também cozinhava, o que muita gente desconhece", revela frei Lucas. No entanto, os talentos de Santo Antônio não se resumiam à área da cozinha.

Certo dia, em uma ordenação de freis, deu-se pela falta do pregador. Para se tentar contornar a situação, Santo Antônio foi chamado às pressas e, então, fez a pregação na cerimônia. Todos gostaram do desempenho dele, porque Santo Antônio conhecia a fundo as Sagradas Escrituras e apresentava uma eloquência singular para abordar o Evangelho. Passou a ser chamado para pregar em diversos eventos religiosos.

"Eu destaco dois exemplos de Santo Antônio. Ele foi um homem que escutava e conhecia muito bem a Palavra de Deus e não ficava com esse conhecimento somente para si, mas transmitia para as outras pessoas. E ele vivencia a Palavra de Deus, ajudava aos pobres e orientava as pessoas. É, inclusive, de Santo Antônio, uma frase bem conhecida: "As palavras passam, mas o testemunho arrasta.Calam-se as palavras e fala o testemunho", enfatiza frei Lucas.

 

Dia dos Namorados e Dia de Santo Antônio têm programação nas igrejas

O Dia dos Namorados é comemorado em 12 de junho, véspera do Dia de Santo Antônio. Nessas duas datas o movimento de pessoas nas igrejas costumava ser muito intenso antes da pandemia. Agora, a presença é mais controlada, obedecendo aos protocolos sanitários contra a covid-19. Outras programações estão previstas.

Neste dia 13, uma carreata sai da Paróquia de São Francisco de Assis - Capuchinhos, no bairro de São Brás. Será logo depois da missa das 7h30, a ser celebrada pelo bispo auxiliar de Belém, dom Antônio de Assis Ribeiro. A imagem do santo é conduzida pelas ruas de entorno da comunidade. A festividade começou em 31 de maio.

A Paróquia de São Francisco de Assis - Capuchinhos mantém essa vivência da Palavra por meio de ações, como o funcionamento da Casa do Pão de Santo Antônio, com atendimento a 100 pessoas idosas (parte médica e cestas básicas, na pandemia). Todas as terças, às 19h30, promesseiros distribuem pães a cidadãos e cidadãs de baixa renda, além de outras frentes de atuação da paróquia.

Como parte da festividade em louvor ao santo, a paróquia contou com trezenas e missas pela manhã e no começo da noite. Neste domingo, será celebrada missa às 7h30, 9h30, 12h, 18h e 20h e haverá a Bênção dos Pães, na frente da igreja, às 8h30, 10h, 13h e 17h.

Em várias paróquias no Pará e no Brasil, a festividade de Santo Antônio tem seu auge neste domingo (13). No bairro de Batista Campos, a Paróquia de Santo Antônio de Lisboa programou para hoje uma carreata com a imagem do padreiro pelas ruas.

O evento começará logo após a missa das 17h, ou seja, logo depois das 18h, saindo da capela no entorno da Praça Batista Campos em direção à Igreja Matriz, no Centrão. Lá, na chegada da imagem, o arcebispo metropolitano de Belém, dom Alberto Taveira Corrêa, presidirá a missa de encerramento da festividade.

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Belém
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