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Projeto lança agenda com propostas de ações contra a crise climática na capital

A rede Jandyras é formada por mulheres que visam discutir os efeitos da crise climática na cidade de forma interseccional

O Liberal
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Nesta quinta-feira (30), a Rede Jandyras lança uma agenda climática para Belém. A iniciativa compila dados, análises e propostas de ações de mitigação e adaptação aos efeitos da crise climática na capital. A intenção é que a ação oriente e cobre o poder público a agir nesse sentido. A rede é formada por mulheres que visam discutir os efeitos da crise climática na cidade de forma interseccional. Após o lançamento a agenda estará disponível para o público no site: (ameotucunduba.org/jandyras).

“Situar as questões climáticas na nossa cidade e fazer propostas não é o suficiente. Por isso, depois de lançar a agenda iremos cobrar um comprometimento do poder público quanto às propostas e mobilizar a população nesse processo também. A intenção é seguir acompanhando e cobrando que a pauta climática seja colocada como algo prioritário e urgente para Belém”, ressalta Ligia da Paz, mobilizadora da Rede Jandyras.

O último relatório do Painel Intergovernamental da Organização das Nações Unidas (ONU), sobre Mudança do Clima (IPCC), evidencia que as atividades humanas são responsáveis pelo aquecimento global e aponta a urgência de políticas públicas que reduzam a emissão de gases do efeito estufa. Diante disso, as participantes da rede elencaram cinco pautas prioritárias: infância e clima; justiça ambiental e racial; direito à água e saneamento; habitação social; mobilidade urbana.

“Quando se olha para as áreas urbanas periféricas, vemos um local sujeito a inundações, que podem aparecer com maior frequência e intensidade nos próximos anos. Esse é um dos principais problemas ambientais quando se fala em alterações climáticas em Belém. Apesar de não ter como fugir da crise climática, já que ela vai afetar todo o planeta, sabemos que há um recorte social de pessoas e comunidades que serão as mais afetadas por esse processo, como comunidades quilombolas e ribeirinhas, pessoas negras, mulheres e pessoas de baixa renda”, explica Mariana Guimarães, diretora de comunicação da Ame o Tucunduba.

Ainda segundo a diretora, Belém precisa de uma agenda climática que coloque esses fatores como urgentes e considere que esses impactos não serão democráticos na capital. “Temos uma necessidade de, além de levar a pauta climática para os espaços de decisão, levar essas demandas que são muitas vezes desconsideradas”, conclui Mariana Guimarães.
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A rede - que iniciou as atividades no Dia da Amazônia, 5 de setembro - é um grupo formado por cerca de 30 mulheres com idades, vivências e identificações étnico-raciais diversas. A iniciativa surgiu do projeto “Ame o Tucunduba”, uma organização que atua desde 2016 em prol de uma mudança nas relações entre águas, pessoas e cidades, por meio da educação ambiental crítica.

Além do"Ame o Tucunduba", a rede também agrega os projetos "Canteiros Verdes, Cidade Viva", "Laboratório da Cidade" e "Paraciclo" somadas aos Grupos de Pesquisa "ACTA - Núcleo de Pesquisa: Ação Pública, Território e Ambiente" e "Urbana - Grupo de Pesquisa Urbanização e Natureza na Amazônia", vinculados à Universidade Federal do Pará (UFPA).

(Bruna Ribeiro, estagiária, sob supervisão de Jorge Ferreira, coordenador do núcleo de Atualidades)

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