População reclama de transtorno provocado por obras na avenida Romulo Maiorana

Infrações de transito, falta de sinalização e problemas com transporte público são enfrentados por moradores e comércios da área

Amanda Martins e Fabrício Queiroz
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A rotina de quem vive ou transita pela avenida Romulo Maiorana, no bairro do Marco, tem sido marcada por diversos transtornos desde que iniciou o projeto de revitalização da via há cerca de dois meses. As dificuldades enfrentadas incluem a falta de informação, ausência de orientação de trânsito, sinalização precária, prejuízos, além do risco constante de acidentes.

O projeto de requalificação começou no trecho que se estende da avenida Dr. Freitas até a travessa Perebebuí. Com isso, alguns comerciantes que trabalhavam no canteiro central tiveram que ser deslocados para outros pontos, o que impactou diretamente na sua receita. É o caso do microempreendedor Breno Rodrigues, de 43 anos, que relatou viver um pesadelo desde então. Com a via fechada em diversos sentidos, o trabalhador diz que não consegue mais tocar seu pequeno negócio de coxinhas e quase chegou a falir.

image Avenida Romulo Maiorana passa por interdição temporária a partir desta quarta-feira (15); confira
Segundo a Semob, a medida se faz necessária para dar continuidade às obras de reurbanização da avenida, realizadas pela Seurb

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Segundo a Semob, a medida se faz necessária para dar continuidade às obras de reurbanização da avenida, realizadas pela Seurb

image Confira como fica o tráfego na avenida Romulo Maiorana com a obra de reurbanização na via
Trechos da via serão interditados em razão de uma obra de reurbanização a partir desta terça-feira (24)

Além disso, Breno elencou como um dos maiores desafios viver como cidadão do bairro do Marco, as irregularidades da calçada, os materiais de obra que são deixados na pista e a falta de fiscalização dos órgãos de mobilidade. Segundo ele, manobras irregulares feitas pelos motoristas para desviar dos buracos são comuns, assim como ver motociclistas furando os trechos interditados.

“Falta fiscalização e as calçadas estão todas quebradas que temos até dificuldade em passar. Ontem (sábado) aconteceu de um ônibus quase colidir com um carro, porque não tinha ninguém orientando o trânsito”, relembrou o microempreendedor.

Quem transita pela área também encontra dificuldades em virtude da falta de sinalização sobre as rotas que devem ser seguidas e da ausência de agentes da Superintendência de Mobilidade Urbana (Semob) na região. Com isso, condutores trafegam na contramão, mesmo que parte da via esteja obstruída por tubulações e outros materiais, oferecendo risco aos moradores da área.

image Calçamento e sinalização são precários na obra da avenida Romulo Maiorana (Cristino Martins / O Liberal)

Os acidentes também são iminentes no cruzamento da travessa Perebebuí, onde os tapumes da obra obstruem a visão de pedestres e motoristas que precisam atravessar indo em sentido à avenida Duque de Caxias.

Na região, usuários de transporte público ou que necessitam solicitar carros ou motos por aplicativos também encontram dificuldades. Isso porque passou a ser necessário se deslocar para outros pontos sem interdição para ter acesso aos serviços.

De acordo com a Prefeitura, as linhas de ônibus que operavam pela avenida Dr. Freitas; avenida João Paulo II; travessa Angustura; avenida Romulo Maiorana; av. Dr. Freitas (no sentido Centro – Bairro); agora fazem o itinerário: avenida Dr. Freitas; avenida João Paulo II; travessa Angustura; avenida Duque de Caxias; avenida Dr. Freitas; retorno após a avenida Romulo Maiorana; avenida Dr. Freitas; destino.

Por sua vez, a linha Sacramenta - Presidente Vargas, via Romulo Maiorana, (no sentido Centro – Bairro), segue pela travessa Vileta; avenida Romulo Maiorana; travessa Angustura; avenida Duque de Caxias; avenida Dr. Freitas; retorno após a av. Romulo Maiorana; avenida Dr. Freitas; destino.

image O técnico em eletrônica João Carlos Martins teve que desembarcar do ônibus no meio da rua (Cristino Martins / O Liberal)

A mudança pegou muitos usuários de surpresa, que acabaram mais expostos aos riscos. O técnico em eletrônica João Carlos Oliveira, de 61 anos, é morador do bairro da Cabanagem, mas diz que sempre frequenta o bairro onde mora o filho. Na visita que ele fez no domingo (2), João acabou descendo do ônibus no meio do cruzamento, já que não há placa indicando o local adequado para embarque e desembarque de passageiros.

“A gente fica numa situação difícil porque não tem a parada de ônibus. A gente sabe que toda obra traz um transtorno, mas eu espero que venha melhorar as condições”, diz o trabalhador.

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