População reclama de transtorno provocado por obras na avenida Romulo Maiorana
Infrações de transito, falta de sinalização e problemas com transporte público são enfrentados por moradores e comércios da área
A rotina de quem vive ou transita pela avenida Romulo Maiorana, no bairro do Marco, tem sido marcada por diversos transtornos desde que iniciou o projeto de revitalização da via há cerca de dois meses. As dificuldades enfrentadas incluem a falta de informação, ausência de orientação de trânsito, sinalização precária, prejuízos, além do risco constante de acidentes.
O projeto de requalificação começou no trecho que se estende da avenida Dr. Freitas até a travessa Perebebuí. Com isso, alguns comerciantes que trabalhavam no canteiro central tiveram que ser deslocados para outros pontos, o que impactou diretamente na sua receita. É o caso do microempreendedor Breno Rodrigues, de 43 anos, que relatou viver um pesadelo desde então. Com a via fechada em diversos sentidos, o trabalhador diz que não consegue mais tocar seu pequeno negócio de coxinhas e quase chegou a falir.
Além disso, Breno elencou como um dos maiores desafios viver como cidadão do bairro do Marco, as irregularidades da calçada, os materiais de obra que são deixados na pista e a falta de fiscalização dos órgãos de mobilidade. Segundo ele, manobras irregulares feitas pelos motoristas para desviar dos buracos são comuns, assim como ver motociclistas furando os trechos interditados.
“Falta fiscalização e as calçadas estão todas quebradas que temos até dificuldade em passar. Ontem (sábado) aconteceu de um ônibus quase colidir com um carro, porque não tinha ninguém orientando o trânsito”, relembrou o microempreendedor.
Quem transita pela área também encontra dificuldades em virtude da falta de sinalização sobre as rotas que devem ser seguidas e da ausência de agentes da Superintendência de Mobilidade Urbana (Semob) na região. Com isso, condutores trafegam na contramão, mesmo que parte da via esteja obstruída por tubulações e outros materiais, oferecendo risco aos moradores da área.
Os acidentes também são iminentes no cruzamento da travessa Perebebuí, onde os tapumes da obra obstruem a visão de pedestres e motoristas que precisam atravessar indo em sentido à avenida Duque de Caxias.
Na região, usuários de transporte público ou que necessitam solicitar carros ou motos por aplicativos também encontram dificuldades. Isso porque passou a ser necessário se deslocar para outros pontos sem interdição para ter acesso aos serviços.
De acordo com a Prefeitura, as linhas de ônibus que operavam pela avenida Dr. Freitas; avenida João Paulo II; travessa Angustura; avenida Romulo Maiorana; av. Dr. Freitas (no sentido Centro – Bairro); agora fazem o itinerário: avenida Dr. Freitas; avenida João Paulo II; travessa Angustura; avenida Duque de Caxias; avenida Dr. Freitas; retorno após a avenida Romulo Maiorana; avenida Dr. Freitas; destino.
Por sua vez, a linha Sacramenta - Presidente Vargas, via Romulo Maiorana, (no sentido Centro – Bairro), segue pela travessa Vileta; avenida Romulo Maiorana; travessa Angustura; avenida Duque de Caxias; avenida Dr. Freitas; retorno após a av. Romulo Maiorana; avenida Dr. Freitas; destino.
A mudança pegou muitos usuários de surpresa, que acabaram mais expostos aos riscos. O técnico em eletrônica João Carlos Oliveira, de 61 anos, é morador do bairro da Cabanagem, mas diz que sempre frequenta o bairro onde mora o filho. Na visita que ele fez no domingo (2), João acabou descendo do ônibus no meio do cruzamento, já que não há placa indicando o local adequado para embarque e desembarque de passageiros.
“A gente fica numa situação difícil porque não tem a parada de ônibus. A gente sabe que toda obra traz um transtorno, mas eu espero que venha melhorar as condições”, diz o trabalhador.
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