Poluição sonora provoca até estresse e dificuldade para dormir, alerta especialista

Somente no primeiro trimestre de 2023, foram registradas 19.993 denúncias de poluição sonora em Belém

O Liberal
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Semelhante a outras metrópoles no Brasil, a Cidade de Belém do Pará é barulhenta. Basta uma pessoa circular pelas ruas da cidade, tanto no centro como nas áreas periféricas, para conferir sons nas alturas, o que tem um impacto decisivo e negativo na qualidade de vida das pessoas, chegando até ao estresse e dificuldade para dormir. O alerta é dado pela fonoaudióloga Izi Pardal. Para se ter ideia da gravidade da situação, somente no primeiro trimestre de 2023 foram registradas 19.993 denúncias de poluição sonora em Belém, correspondendo a mais de 222 denúncias por dia na capital paraense, segundo levantamento do Centro Integrado de Operações (Ciop), divulgados pelo Gabinete de Gestão Integrada Municipal. O bairro da Pedreira mostrou-se, então, como o líder de barulho.

Em 2020, foram feitas 123.286 denúncias; em 2021, 113.670 ligações, e, em 2022, foram contabilizadas 81.880 denúncias.

Izi Pardal alerta que o volume de som a partir de 50 decibéis (dB) já é prejudicial à saúde humana. “A própria Organização Mundial da Saúde reconhece isso. E, a partir de 75 decibéis (dB), a poluição sonora se torna mais séria, inclusive, podendo resultar em perda auditiva irreversível mediante exposição prolongada rotineira e de até oito horas”, explica.

Sinais

O tratamento pode ser feito à base de medicamentos, chegando até o uso de aparelhos auditivos. Segundo a especialista, zumbido no ouvido ou a sensação de ouvido tampado, a necessidade de aumentar o volume da televisão e a repetição do que foi dito já são sinais de alerta que podem indicar problemas causados pela poluição sonora. “Outra consequência é o estresse e a dificuldade para conseguir dormir”, acrescenta.

“Além de afetar a concentração, o ruído excessivo e constante pode provocar outros problemas à saúde humana, como: agitação respiratória, aceleração da pulsação, aumento da pressão arterial, dor de cabeça, gastrites, estresse, fadiga, depressão e ansiedade”, acrescenta a fonoaudióloga. 

Crime ambiental

A prática da poluição sonora não abrange somente as festas de aparelhagens, mas, também, podem ser considerados, dependendo de cada situação, carro-som, ruídos de maquinário do setor da construção civil (como as britadeiras e maquitas), motores de carro e motos, buzinas e ambientes de aglomeração de pessoas. 

Poluição sonora é crime ambiental com multa de até R$ 10 mil e apreensão de instrumentos e equipamentos sonoros. Essa prática pode ser denunciada aos órgãos de Segurança Pública por meio dos números 181 (Disque Denúncia), 153 (Guarda Municipal) e 191 (Ciop).

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