Inverno Amazônico acende alerta para proliferação de 3 doenças; saiba quais

O infectologista Alessandre Guimarães, de Belém, aponta quais doenças são mais comuns nesta época do ano, além de sintomas e formas de prevenção

Gabriel Pires
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Com as fortes chuvas, que têm sido frequentes em Belém nos últimos dias - devido ao período conhecido como “inverno amazônico” -, especialistas acendem um alerta para as doenças associadas à contaminação da água. Isso porque a combinação das enchentes, o contato com fluidos de esgotos, a exposição da população e aglomeração entre as pessoas pode causar diversos problemas de saúde, como alerta o infectologista Alessandre Guimarães, de Belém.

O especialista pontua que, entre as doenças típicas trazidas pela chuva, existem as patologias causadas pela tendência à aglomeração de pessoas e outras de veiculação hídrica. “Existem três principais tipos das doenças respiratórias: o resfriado comum, que é causada pelo vírus sincicial respiratório (VSR), para o qual houve aprovação da vacina pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], em dezembro de 2023; a gripe causada pelo vírus influenza e a covid-19 causada pelo novo coronavírus”, afirma. 

“Ambas as últimas, também existem vacinas. Outras doenças menos comuns, também transmitidas pelo trato respiratório entre seres humanos, são as meningites, que podem ser de origem viral ou bacteriana. Nestes casos de sazonalidade, existem vacinas para as meningites bacterianas; além da mononucleose, a própria varicela e o sarampo (doenças com queda de cobertura vacinal)”, detalha Alessandre.

“Já as doenças transmitidas por veiculação hídrica dependem das características de saneamento da região ou município. Sabemos do grave problema, em Belém e região metropolitana, da coleta de resíduos e acúmulo de água parada, além de esgotos a céu aberto. Nestas situações, se menciona a leptospirose, a dengue e as parasitoses intestinais, como principais doenças”, alerta o médico. Estas doenças podem causar sintomas diversos e, em alguns casos, até levar à morte.

Sinais e sintomas

Com relação aos sinais, cada caso pode se manifestar de uma forma diferente, como relata Alessandre. “Neste caso, estacaria a síndrome gripal, perante doenças transmitidas por gotículas do trato respiratório e perante a aglomeração de pessoas para se protegerem da chuva”, informa. Ele destaca sintomas como “febre persistente, associada à dor no corpo” nos casos nos casos de dengue ou leptospirose. “As doenças gastrointestinais são caracterizadas por diarreias agudas”, completa Alessandre 

“E a meningite [se manifesta] pela tríade clássica: dor de cabeça, vômitos em jato e febre. Os sintomas são múltiplos e sempre um generalista ou um especialista deve ser consultado na dependência da gravidade. E é errado dizer, portanto, que ‘ficou gripado porque pegou chuva’. Isso é mito”, explica. Segundo o médico, “a história clínica [do paciente] ajuda bastante [a identificar a doença]. E o papel do médico atento é crucial, até mais do que fazer exames laboratoriais de imediato, nem sempre disponíveis”, relata.

Prevenção

Já entre as formas de prevenção, nesta época, o médico detalha: “Higienizar as mãos sempre; estar atualizado de forma ampla com o esquema vacinal preconizado pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde; estar atento à epidemiologia da sua região: nova onda de covid-19 acontecendo, casos de meningite, aumento de casos de dengue, rotavírus, etc; e, perante essas circunstâncias, tomar precauções: se for ficar em local muito próximo de outras pessoas, usar máscara e evitar contato com pessoas com quadros respiratórios inespecíficos”, finaliza Alessandre.

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