Nova operação de resíduos sólidos em Belém inicia nesta segunda (19)

A Ciclus Amazônia, integrante do grupo Ciclus Ambiental, inicia suas operações em Belém nesta segunda-feira (19). A empresa, com sede no Rio de Janeiro, foi contratada pela Prefeitura para implementar uma nova política de gerenciamento de resíduos sólidos na capital paraense. A contratação de 2,3 mil trabalhadores já é parte do cumprimento do contrato assinado e marca o início das operações.

O prefeito Edmilson Rodrigues, juntamente com uma comitiva de vereadores, visitou na última sexta-feira (16) a Ciclus Ambiental em Seropédica, na região metropolitana do Rio de Janeiro, onde foi garantido um esforço concentrado para acelerar os trabalhos em Belém.

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Segundo Edmilson Rodrigues, o modelo de gestão da Ciclus, bem-sucedido no Rio de Janeiro, será replicado em Belém, considerando as particularidades locais.

“O lixo em Belém deixará de ser um problema e passará a ser um ativo ambiental, gerando emprego e renda e movimentando toda uma cadeia industrial, que hoje se beneficia das modernas práticas de gestão aplicadas pela empresa”, informou o prefeito.

O presidente da Ciclus Amazônia, Luiz Gomes, garantiu que a empresa agilizará as operações na capital paraense.

“Temos as questões contratuais, mas somos sensíveis aos pedidos da Prefeitura para verificar o que podemos encurtar no cronograma. Já na próxima semana iniciaremos os processos de triagem, seleção, engajamento de todo o nosso time nesta primeira etapa, trabalhando em turnos diurnos e noturnos”, asseverou.

Edmilson Rodrigues visitou, na última sexta-feira (16), a Ciclus Ambiental, no Rio de Janeiro. (Divulgação / Agência Belém)

A empresa pretende implantar novos modelos de atuação e equipamentos em Belém, e planeja reter a mão de obra atualmente contratada pelos prestadores de serviço. O objetivo é garantir a manutenção dos empregos e a continuidade dos serviços, enquanto o grupo passará por qualificações.

O contrato entre a prefeitura e a empresa previa um prazo de 90 dias para o início das operações. No entanto, espera-se que esse prazo seja reduzido pela metade, para que a população comece a sentir os efeitos práticos da mudança.

"É uma conquista para a nossa cidade, mas só foi possível porque tivemos a coragem de lançar um concurso público para tratar dos resíduos sólidos da maneira como devem ser tratados em nossa cidade", ressaltou Edmilson.

Otimismo

Durante a apresentação das operações da Ciclus Ambiental no Rio, a presidente da empresa, Adriana Felipetto, destacou a proficiência do grupo na implementação de uma intrincada política que alterou a visão de resíduos sólidos como um passivo, tanto no Rio quanto nos outros estados onde a empresa opera. "Estamos empenhados em uma operação contínua e intensa para garantir um mínimo impacto no meio ambiente e na população", ressaltou.

O vereador Mauro Freitas (PSDB), que fez parte da comitiva de vereadores belenenses, afirmou estar otimista. "É inspirador ver um sistema de gestão de resíduos tão eficaz e complexo. Retornamos com uma visão mais otimista, acreditando que Belém está finalmente avançando na solução definitiva deste problema", disse.

Uma comitiva de vereadores acompanhou o prefeito na visita à sede da empresa contratada. (Divulgação / Agência Belém)

Para Igor Andrade (Solidariedade) a visita às instalações da Ciclus Ambiental foi esclarecedora e fortaleceu a confiança na mudança do manejo de resíduos em Belém. "Testemunhamos uma indústria que lida com resíduos para reutilização, sem prejudicar as pessoas. Estamos esperançosos que este modelo seja implementado em Belém em breve", afirmou o vereador.

Nova gestão

A Ciclus Amazônia foi a vencedora da licitação para formar uma Parceria Público-Privada (PPP) que irá administrar o sistema de coleta urbana e tratamento de resíduos sólidos em Belém por 30 anos. Estão previstos investimentos de mais de R$ 700 milhões durante esse período.

Entre os serviços previstos, estão também a ampliação da varrição das ruas, a coleta de resíduos, além da criação de ecopontos em áreas estratégicas para recolher materiais recicláveis.

O contrato também estabelece o encerramento definitivo e a recuperação ambiental do aterro sanitário do Aurá e a construção de um novo centro de tratamento de resíduos, que terá capacidade para receber mais de 2,5 toneladas de lixo por dia.

A empresa também irá inserir 12 novas cooperativas de catadores e gerar mais de três mil postos de trabalho na contratação de funcionários. Com toda a logística pronta, a previsão é de 50 ou mais caminhões coletores, além de contêineres e lixeiras instalados nos logradouros públicos na capital.