Mpox pode não ter sido causa da morte de paciente em Belém, diz diretor da Sesma

O homem, que morreu na última terça-feira (03), chegou a uma unidade de saúde da capital apresentando dores abdominais; causa do óbito foi septicemia

Camila Azevedo
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A primeira suspeita de morte por complicações da Mpox - doença anteriormente chamada de monkeypox ou varíola dos macacos -, em Belém, foi divulgada na última quinta-feira (05) pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesma). Porém, dentro do que foi analisado do paciente ainda em vida, não é possível afirmar que o vírus seja o causador do óbito.

A redação integrada de O Liberal entrevistou o diretor de vigilância à saúde da Sesma, Adriano Furtado, para explicar sobre o assunto e detalhar quais cuidados devem ser mantidos pela população para evitar o contágio da Mpox. 

O que se sabe até agora sobre a morte do paciente? Está relacionada ao vírus da Mpox?

O paciente deu entrada no Pronto Socorro da 14 sentindo dores abdominais. Após a realização dos exames iniciais, foi detectado que ele estava com HIV e sífilis. Também foi coletado material para monkeypox. Depois, foi feito um exame por imagem, o qual foi detectado uma obstrução no intestino. O paciente foi indicado para cirurgia assim que estivesse melhorando o quadro clínico. No dia 3 de janeiro, o paciente teve uma piora geral, tendo dificuldades respiratória e chegando ao óbito à noite. O laudo médico aponta para uma septicemia, com foco abdominal. No dia seguinte à morte, chegou o laudo que ele estava positivo para monkeypox. Dentro do que foi possível examinar enquanto o paciente estava vivo, não se pode associar diretamente a Mpox como causa da morte. Existe essa possibilidade, mas não posso associar imediatamente.

Quais as orientações gerais à população sobre a doença?

Qualquer pessoa que apresente sintomas como: lesões na pele, febre, ínguas, cansaço e mal estar geral deve procurar as unidades de saúde de referência. No caso, a do Satélite, Icoaraci e o Centro de Testagem e Aconselhamento [CTA] para fazer o diagnóstico. Em caso positivo, é recomendado o isolamento domiciliar e o acompanhamento dos sintomas, que normalmente tendem a se curar sozinhos.

O cenário atual em Belém é preocupante?

Não, o cenário não é preocupante e a Sesma, assim que detecta um caso positivo, monitora e acompanha o paciente até a cura. Atualmente, temos sete casos em acompanhamento e um caso aguardando o diagnóstico.

Como as autoridades locais estão lidando para conter os casos e orientar as pessoas?

Com informações e atendimento imediato. Nós tentamos manter a população informada com o apoio da imprensa sobre o que pode acontecer, divulgando os métodos de prevenção, que é evitar o contato com pessoas que estão com o vírus, tomar cuidado com pessoas com lesões na pele. Também, a gente monitora todos os casos positivo a fim de evitar a propagação da doença.

Qual a principal preocupação atualmente com os casos de Mpox na cidade?

A preocupação é como em todo lugar no mundo, são as pessoas que possuem comorbidades e doenças que afetam o sistema imunológico, como HIV, alguns tipos de câncer, além do uso de medicamentos que podem promover a imunossupressão.

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