Família se articula para lançar quatro projetos do professor e jornalista João Carlos Pereira

Missa de um ano de falecimento do colaborador do Grupo Liberal reuniu também amigos e colegas das profissões exercidas por João

Valéria Nascimento
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Familiares, amigos e colegas de profissão do professor, escritor e jornalista, João Carlos Pereira, se reuniram na missa celebrada na Capela de Lourdes, no bairro de Nazaré, em Belém, na noite desta quarta-feira (10), em memória de João, colaborador do Grupo O Liberal, por quase quatro década, falecido em novembro de 2020, vítima da covid-19.

A filha dele, Mariana Pereira, contou que ela, as irmãs e a viúva de João Carlos, Emília Farinha, se articulam para editar e publicar projetos deixados em curso pelo jornalista. Ela contou que o pai escreveu 100 crônicas ininterruptamente durante 100 dias sobre temas do cotidiano durante o período mais severo da quarentena da pandemia da covid-19, no ano de 2020. 

Ele também deixou outras 53 crônicas escritas a cada dois ou três dias, já próximo do falecimento dele, e ainda há outros dois projetos. A pesquisa de João Carlos sobre o Círio de Nossa Senhora de Nazaré; um livro "O Conto do Palhaço"; e ainda outra publicação, essa última sobre as estações da corda, com aquarelas do arquiteto e aquarelista, Mário Barata, com textos-legendas de João.

"Nós estamos reunindo todo esse material, indo atrás de apoio, escrevendo em editais para conseguir lançar tudo, se Deus quiser, para o ano sai, o livro de crônicas. Era um desejo dele, e vamos fazer", afirmou Mariana Pereira, que é psicóloga, e participou da missa junto à irmã Beatriz na Capela de Lourdes.

A professora de língua portuguesa, Célia Jacob, esteve também na Capela de Lourdes em oração pelo jornalista. "Eu e meu marido Francisco compartilhamos muitas horas de alegria com o João. Ele sempre esteve perto de nós, não só no trabalho, em que foram 25 anos juntos na Unama, mas, no dia a dia, éramos amigos de passeios e de viagens. O padre falou ainda há pouco, o João foi um homem bom. Eu acho que ele está em paz e isso porque ele foi um homem generoso, de boas ações também e isso nos dá um conforto grande", disse a professora.

"Eu tenho saudade de tudo, era uma rotina única", afirmou a filha caçula de João Carlos, a estudante de publicidade, Beatriz Pereira, de 19 anos. "Ele era minha referência masculina e de amor. Hoje eu sei que eu tive o maior pai do universo. Um pai presente, carinhoso, amável. Sou uma pessoa agitada, então ele era aquela pessoa que dizia, calma, respira, vamos ver de outra forma, de outro jeito. Ele estava comigo absolutamente em tudo até no adoecimento, nós adoecemos juntos e ficávamos conversando por telefone como você. É como se a vida perdesse um pouco de sentido. A gente tenta outras vezes, outras formas para entender, para se recuperar, mas a vida nunca mais será a mesma", disse Beatriz.

"Quando casamos, eu já tinha duas filhas do primeiro casamento, ele vinha com a Mariana e aí nasceu a Beatriz. A Mariana só não pari, mas é minha filha, Deus o livre. Elas se parecem todas. Eu sofri muito, João sempre foi companheiro, parceiro de compartilhar, o final de semana era nosso. Então eu sinto muito. Hoje, muitos amigos postaram fotos com João e cada foto eu lembro bem como foi tudo, cada viagem, lugar. E eu nunca imaginei que hoje fosse recordar tanta coisa", disse a viúva, Emília Farinha.

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