Em Belém, mãe tem alta e reencontra gêmeos nascidos em parto de emergência

Grávida de sete meses, ela foi intubada e submetida a uma cesariana na Fundação Santa Casa do Pará

O Liberal
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A paciente Fernanda Cristine, 29 anos, passou por uma cesariana de emergência no Hospital da Fundação Santa Casa do Pará, no mês passado, em Belém. Aos sete meses de gravidez, ela evoluiu sintomas graves da covid-19, teve 80% dos pulmões comprometidos, foi intubada e submetida a uma cesariana de emergência no mesmo momento. Após semanas internadas em estado grave, Fernanda superou a doença, recebeu alta no dia 19 de junho, e pôde reencontrar os bebês Gabriel e Miguel. Com informações da Agência Pará.

Quando a gente engravidou, nunca imaginou que tudo isto fosse acontecer. No instante em que revi meus filhos, chorei muito, não acreditava, nós somos parecidos com um milagre. Reencontrar meus bebês, significou perfeição. A Santa Casa salvou nossas vidas. Eu sei que é uma benção da fé, da medicina, da enfermagem, de todos os profissionais e de toda esta estrutura, eu poder estar com meus dois filhos no braço”, disse Fernanda Cristine, emocionada nesta terça-feira (6).

Ela recebeu alta hospitalar, no entanto, segue sob cuidados, para recuperação de uma sequela no braço esquerdo. Até a alta dela, as crianças ficaram com o pai, o agricultor Ailton, de 26 anos.

O casal mora no município de Canaã dos Carajás, no sudeste do Pará, e Fernanda foi trazida à Santa Casa, em 6 de junho, dentro de um turboélice aparelhado, em diligência pelo sistema de regulação da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sespa).

Ailton antes de se encontrar com os gêmeos precisou cumprir a quarentena cautelar, porque ele poderia também estar com a covid-19. 

Os bebês Gabriel e Miguel superaram uma passagem pela Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), e agora, estão internadas na Unidade de Cuidados Intermediários (Ucinca), do Método Canguru, para se desenvolverem melhor e ganharem peso. Eles recebem o leite do Banco de Leite Humano (BLH), da Santa Casa.

“Eu não canso. Quando eles nasceram, eu renasci, desta vez como pai. É muita felicidade que nossa família voltou a ser completa, com a cura da minha esposa”, conta o pai Ailton, que, agora, em revezamento com a mãe, desfruta horas seguidas, em livre demanda, no contato pele a pele com os bebês. 

Além das equipes multi especializadas da Ucinca, a rede de apoio é complementada com a presença ativa da avó paterna, a cozinheira, Maria Aparecida Dias, 49, que também chegou de Canaã, para conhecer o sexto e sétimo netos e ajudar nas técnicas orientadas, como troca de fraldas e banho humanizado. 

“Meu filho aprendeu a segurar bebê aqui. E é um ciúme, um amor de leão, não há nada que o tire de perto dos bebês dele”, revela.

A maternidade da Santa Casa é referência em gravidezes de médio e alto riscos, inclusive nos casos de contaminação pelo coronavírus. Em 2020, foram atendidas mais de 1.800 grávidas, com sintomas de covid-19. 

Desde o início da crise sanitária mundial, o Hospital executa protocolo especial de atendimento para grávidas e puérperas,  tanto com a suspeita, quanto com a confirmação da doença.  

Com medidas como, fluxo diferenciado de leitos e terapias de suporte, o  protocolo se mantém em constante atualização, a depender das novidades científicas. 

De acordo com a gerente geral da Maternidade da Santa Casa, a obstetra Marília Gabriela Luz, o protocolo tem base em evidências da literatura e, sobretudo, nas recomendações do Ministério da Saúde (MS).

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