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Dia dos Pais: número reduzido de pessoas é registrado no cemitério Santa Izabel

A baixa movimentação, pouco lucro e a falta de cuidados com o local chamaram atenção

Maiza Santos / Especial para O Liberal

O Dia dos Pais, celebrado neste domingo (13), é marcado por homenagens no maior cemitério da capital paraense, o Santa Izabel, no bairro do Guamá, em Belém. Uma movimentação tranquila foi registrada logo nas primeiras horas da manhã no local, com o fluxo começando a aumentar a partir das 10 horas. Trabalhadores, que fazem o serviço de manutenção nas sepulturas, e os visitantes também perceberam a calmaria.  

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Movido pela data que desperta saudade, Arnaldo Rocha, de 55 anos, esteve no cemitério para homenagear o pai, falecido há cerca de quatro anos. Ao lado da mãe, Luzia Rocha da Costa, o autônomo veio do bairro da Pedreira, onde mora, para acender algumas velas e fazer orações. “Geralmente a gente vem aqui nessas datas que são mais especiais. Nós costumamos prestar essas homenagens e também limpar a sepultura, para zelar por esse lugar onde eles estão ‘descansando’, afirma. 

image Luzia Rocha da Costa e Arnaldo Costa (Reprodução: Igor Mota)

Dona Luzia explica que, além do marido, outros familiares também foram sepultados no local e por isso ela e o filho tentam manter o túmulo bem cuidado. “Aqui está a minha avó, a minha mãe, o meu pai, a minha irmã e, agora, o meu marido. Tinha uma pessoa que eu pagava para sempre tá cuidando aqui, mas ela nunca mais me respondeu, não sei o que houve. Então a gente mesmo tem que vir aqui para fazer essa limpeza”, explica a idosa. 

Falta de Cuidados

A tranquilidade e o número reduzido de pessoas transitando no cemitério chamou atenção de Helena Freitas, de 70 anos. Acompanhando a tia, Rosangela Pantoja, de 80 anos, e a sobrinha, Ermita Pantoja, de 65 anos, que visitavam o túmulo do falecido pai, a aposentada diz acreditar que as pessoas tenham ido até o local dias antes.

“Pouca movimentação. As pessoas vieram em outros dias. Muita gente vem na véspera, para ter o domingo livre. Eu mesma soube de vários conhecidos que vieram no sábado, até na sexta-feira já tinha gente entrando aqui para acender vela e deixar flores”, fala.

image Helena, Rosangela e Ermita (Reprodução: Igor Mota)

Rosangela conta ter ficado decepcionada com o fato do cemitério estar tomado por mato. “Tá muito abandonado aqui. Cheio de planta, mato. Paguei uma pessoa para limpar, para deixar ajeitadinho lá na sepultura. Se a pessoa não pagar alguém para cuidar, quando vem encontra tudo sujo”, expressa.

Pouco faturamento

image Antônio Carlos Silva (Reprodução: Igor Mota)

A baixa movimentação no Santa Izabel acabou afetando os trabalhadores que costumam aproveitar a data para lucrar prestando serviços de limpeza e vendas aos visitantes do Cemitério. Antônio Carlos Silva, de 56, que trabalha limpando sepulturas no local há mais de 20 anos, diz que os serviços caíram muito durante a data este ano.

“Geralmente eu faço umas 20 limpezas só de sepultura essa época. Mas esse ano, durante toda a semana até agora, eu fiz só cinco. Tá muito fraco, devagar. E não é só hoje, essa semana toda foi assim. Não só os visitantes, mas até o número de pessoas trabalhando limpando aqui dentro tá menor. Ano passado foi um pouco melhor. Eu e minha esposa, que também trabalha aqui, percebemos muito a diferença”, avalia.

image Dinair Miranda (Reprodução: Igor Mota)

A florista Dinair Miranda, que vende flores em frente ao cemitério diz que esperava um número maior de pessoas, para que as vendas também aumentassem. No entanto, isso não ocorreu. “Como vieram poucos produtos para a gente, poucas flores, coroas e tudo mais, já tá quase acabando. Mas não deu muita gente aqui no cemitério. Achei que o fluxo foi igual ao que ocorre geralmente em dias de semana, quando não tem nenhuma data especial que traz as pessoas para cá. Todos os floristas perceberam isso. A gente espera que muitas pessoas ainda venham para cá agora de tarde, quando for o horário de pico de visitantes”, diz.

 

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