Crime ambiental: PM flagra grupo de 18 pessoas soltando balões em chácara na Grande SP

A soltura de balão é considerado crime ambiental. A pena prevista vai de 1 ano até 3 anos de detenção e multa. O material foi apreendido e as pessoas foram conduzidas para a delegacia

O Liberal
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Um grupo de 18 pessoas foi flagrado soltando balões dentro de uma chácara, no bairro Sol Nascente, em Suzano, na Grande São Paulo. O flagrante foi feito pela Polícia Militar Ambiental de São Paulo, na manhã deste domingo (11), durante ação de combate aos incêndios florestais. Os balões foram apreendidos e o grupo foi encaminhado para a delegacia. As informações foram divulgadas por meio do site da Jovem Pan.

Segundo a PM Ambiental, foram encontrados cinco balões no local. Os policiais conseguiram abordar as 18 pessoas. O material foi apreendido e as pessoas foram conduzidas para o DP da cidade. A soltura de balão é considerado crime ambiental. A pena prevista vai de 1 ano até 3 anos de detenção e multa.

Em 2022, o Corpo de Bombeiros registrou mais de 25 mil ocorrências de incêndio em vegetação no Estado, causando prejuízo ao meio ambiente. O balão, muita vezes, pode acabar em áreas de vegetação, como parques e áreas de proteção ambiental. Em áreas urbanas, acidente deste tipo pode ocasionar me incêndio em residências, danos à rede elétrica, além de prejudicar o trânsito e, até mesmo, o tráfego aéreo.

Soltura de balão agrava risco de incêndios florestais durante período de seca

No último domingo (11), a Defesa Civil do Estado de São Paulo, por meio do CGE, (Centro de Gerenciamento de Emergências), alertou para os riscos de incêndios florestais que são ocasionados devido a soltura de balões, principalmente neste período do ano, quando a umidade relativa do ar está baixa, tempo mais seco, e com isso agrava a propagação de incêndios.

“Em condições climáticas desfavoráveis, as chamas dos balões podem se espalhar rapidamente, ganhando força e intensidade. Isso torna o controle do fogo mais difícil e aumenta a possibilidade de destruição de vastas áreas de florestas”, explicou o Diretor Estadual de Proteção e Defesa Civil, Tenente Coronel PM Araújo Monteiro.

Outra preocupação é com relação as áreas habitadas, de edificações e aeroportos. No último dia 21, cinco ocorrências foram registradas no estado, sendo duas com atuação direta das Defesas Civis Municipais, além da mobilização do Corpo de Bombeiros, Polícia Ambiental e Guarda Municipal. As informações também foram dibvulgadas pelo governo de SP.

Três balões sobrevoaram o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas-SP, e um deles caiu dentro do terminal. A equipe da concessionária que administra o terminal apagou o incêndio causado pelo objeto, próximo à pista de pousos e decolagens.

A Defesa Civil de Santa Branca-SP registrou a queda de dois balões na cidade. Não houve vítimas. De acordo com o órgão municipal, um dos balões caiu em uma área de plantação de eucaliptos. Houve incêndio, mas o fogo foi controlado rapidamente. O segundo balão caiu em uma região de gramado, do bairro Jardim Selma, e não houve registro de chamas.

Na capital, um grande balão caiu sobre a fiação na Avenida Francisco Morato. A avenida é uma via muito movimentada na região. O local onde o balão caiu fica muito próximo de uma subestação de energia da ENEL, um hospital e um posto de gasolina. Não houve vítimas e ocorrências de chamas.

Em Salto do Pirapora, um balão de 24 metros caiu em uma área de plantação de eucaliptos. O material foi recolhido pela Guarda Civil Municipal, que impediu que o fogo atingisse a vegetação do local.

Já em São Bernardo do Campo, um balão caiu próximo à represa Billings, contudo, uma equipe da Polícia Ambiental, durante patrulhamento náutico, interceptou a queda do objeto impedindo danos maiores. Um acampamento clandestino foi localizado e destruído. Não houve registro de vítimas.

A legislação

A legislação brasileira proíbe a fabricação, venda, transporte e a soltura de balões. A pena para esse crime é de detenção de um a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente, conforme a Lei de Crimes Ambientais (9.605/98). No ano passado, segundo dados divulgados pela Polícia Ambiental, foram apreendidos 129 balões e 257 pessoas foram autuadas.

De acordo com a meteorologista do CGE, Jéssica Cristina da Silva, a baixa umidade relativa do ar se estende até sexta-feira (24), o que exige atenção redobrada.

“A umidade relativa do ar entra em declínio, podendo atingir níveis críticos, abaixo dos 30%, prejudicando a qualidade do ar. Por isso é importante que durante esse período todos se hidratem, bebam bastante água e se protejam do sol. Evitem exercícios físicos ao ar livre nos horários mais quentes do dia e usem soro nos olhos e nariz. Não descarte bitucas e brasas onde há vegetação, não coloque fogo em terrenos e não soltem balões, pois além de causar incêndios de grande proporção é crime ambiental”.

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