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Círio 2023: Guarda de Nazaré coloca nas ruas a campanha "Não corte a corda"

Intenção é conscientizar pessoas a não desconfigurar a Trasladação e o Círio ao cortar esse que é um dos principais símbolos da festa

Eduardo Rocha
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Os momentos inesquecíveis de cada Círio de Nazaré não podem e não devem ser embaçados pela iniciativa fora de propósito de algumas pessoas que adotam o ato de cortar a corda da romaria para levar como lembrança da festa. Para que essa prática não se repita, a Guarda de Nazaré lança a campanha "Não corte a corda", como estratégia de conscientização do público para conservação desse símbolo da devoção mariana do povo paraense, que todos os anos leva às ruas de Belém mais de dois milhões de pessoas.

"A nossa campanha visa conscientizar os fiéis a participarem das procissões pagando as suas promessas e preservando um dos maiores símbolos da fé em Nossa Senhora de Nazaré, que é a corda. Ela simboliza um elo entre os fiéis e a Berlinda que é conduzida por eles durante a procissão inteira. Nela é depositada a devoção dos fiéis que querem pedir ou agradecer por uma graça alcançada", destaca Renato Neves, coordenador da Guarda de Nazaré.

image A campanha visa conscientizar o público a não cortar a corda que acompanha as procissões marianas (Foto: Carlos Renan / Ascom Guarda de Nazaré)

Risco e atraso

"Então, para que esse simbolismo se concretize do início ao fim, a gente pede que a corda só seja desatrelada ao final das procissões, evitando também qualquer tipo de acidente, porque as pessoas entram na corda para tentar fazer o corte com facas, estiletes, canivetes, itens extremamente perigosos, ou seja, com alto risco de acidentes", assevera Renato. Além disso, pontua Renato, quando a corda é cortada de uma maneira errada e preciptada, deixa uma ponta solta que passa a fazer um zigue-zague no meio da pista, gerando também o risco de acidente com alguma das estações de ferro, onde há muito mais gente que na corda.

Outro ponto negativo é o atraso que o corte na corda provoca nas procissões (Trasladação e Círio), porque a ponta solta fica desgovernada e os promesseiros que a estão segurando são empurrados para cima das pessoas que estão acompanhando bem próximo, reforça Renato. Ele também enfatiza um ponto de vista que já foi exaustivamente destacado nas edições anteriores do Círio: o de que o corte antecipado da corda por algumas pessoas desejosas de levar um pedaço dela como lembrança não se justifica. "Ao final das procissões a gente conseguiria tranquilamente fazer o desatrelamento da corda das estações, e os fiéis iriam ficar da mesma forma com a corda, e de uma forma bem mais tranquila. No momento em que se corta erradamente a corta, existe, então, uma disputa por pedaços dela, ocorrendo até brigas.

Dinâmica do atrelamento

De cada estação para outra há um pedaço de 50 metros de corda. Ela atrela no Núcleo da Berlinda e segue para as estações 1, 2, 3, 4 e 5 e daí em diante. São então, seis pedaços de 50 metros, totalizando 300 metros de extensão. Existe uma corda para a Trasladação e outra para o Círio. A da Trasladação é retirada do Barracão da Santa às 14h, para ser, então, atrelada para a procissão na véspera (no sábado) do Círio, na avenida Nazaré. 

Já no Círio, os integrantes da Guarda de Nazaré apanham a corda que está em exposição na Estação das Docas, para onde foi levada no último sábado (23), ainda durante a madrugada, à 1h30 do domingo, e às 2h iniciam o atrelamento nas estações. O atrelamento da Estação 1 com o Núcleo da Berlinda somente acontece com a presença da Imagem Peregrina na estrutura principal da romaria.

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