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Restauração vai garantir ao Cemitério da Soledade uma identidade amazônida

UFPA e Iphan assinam Termo de Execução Descentralizada (TED) para a segunda etapa do projeto da Secult no espaço, construído no Século XIX, no centro da capital paraense

Eduardo Rocha
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Um montante de R$ 7 milhões será investido na segunda etapa da restauração do Parque Cemitério Nossa Senhora da Soledade, localizado no centro de Belém, cujo projeto é administrado pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult). Para operacionalização das obras foi assinado, no final da tarde desta quarta-feira (1º), um Termo de Execução Descentralizada (TED). A cerimônia reuniu a superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Pará, Cristina Vasconcelos Nunes; o reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Emmanuel Tourinho; a secretária de Estado de Cultura, Úrsula Vidal, e o representante da Fundação Cultural do Município e Belém (Fumbel), Rodrigo Leitão.

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Úrsula e Rodrigo assinaram o TED como testemunhas. "A restauração desse patrimônio inclui ações de educação patrimonial e contribui para a própria identidade dos cidadãos em Belém e na Amazônia", enfatizou o reitor Emmanuel Tourinho em seu pronunciamento.

A obra será executada pela UFPA, por meio do Laboratório de Conservação, Restauração e Reabilitação (Lacore). Serão restaurados 150 túmulos, mausoléus e remanescentes de duas irmandades do cemitério, situados em uma área que concentra túmulos de grande envergadura e exigem maior trabalho técnico, além do pórtico da capela e conservação preventiva dos equipamentos restaurados na primeira etapa do projeto. Entre 2021 e 2023, o Governo do Estado investiu, via Secult, cerca de R$ 16 milhões em recursos próprios que possibilitaram o restauro de 126 estruturas da arquitetura mortuária, entre túmulos, mausoléus e o cruzeiro.

image Assinatura do TED no Cemitério Soledade, em Belém (PA) ()

Como ressaltado por Emmanuel Tourinho, trata-se da preservação de um patrimônio histórico paraense que, após o trabalho de restauro, poderá ser visitado pela população. "A UFPA participa do projeto por meio do Lacore, que executa todo o trabalho técnico com o auxílio de uma equipe muito competente, que colaborou com esse esforço em favor da memória do nosso povo, da nossa cultura", destacou Tourinho.

Espaço abraçado 

A secretária de Cultura, Úrsula Vidal, destacou que o Cemitério Soledade "tem uma nova configuração como espaço museal de educação patrimonial. "Esse espaço vem sendo abraçado pela cidade, novamente, em ações que convidam a comunidade a conhecer um pouco dessa riqueza que nós temos aqui, como patrimônio histórico, possibilitando observar os detalhes dessa arquitetura mortuária, das escolas arquitetônicas presentes aqui". A partir de 2021, na primeira etapa do projeto, o Governo do Estado investiu na requalificação dos espaços do cemitério, com a restauração da arquitetura mortuária, das áreas mais centrais, da iluminação e uma expografia para que a fruição do espaço fosse convidativa para os visitantes. 

Agora, na segunda etapa, serão restaurados outros mausoléus, sepulturas e irmandades nos quadrantes mais lateralizados do cemitério. "Essa parceria reforça a presença do Ministério da Cultura na Região Norte, com a ação de preservação desse espaço, na continuação de um processo de cuidado e carinho com a história do nosso patrimônio arquitetônico e histórico", enfatizou Úrsula Vidal. 

Na primeira etapa, foram restaurados 126 mausoléus e, agora, serão trabalhados 150 elementos arquitetônicos. A titular da Secult frisou que o cemitério nunca deixou de ser visitado por conta da manifestação nos santos populares nas segundas-feiras, e ainda em um calendário cultural. Neste Dia de Finados, o Soledade funcionará das 8h30 às 17h.

image Cemitério Soledade: patrimônio no centro da capital paraense (Foto: Carmem Helena / O Liberal)

Para a superintendente do Iphan do Pará, Cristina Vasconcelos, "falar da obra mortuária do Cemitério Soledade é falar da nossa história, que surgiu a partir de uma situação sanitária (epidemias de febra amarela), inclusive, e também da cidade que precisa ser revista, uma vez que passamos por uma pandemia há pouco tempo. Essa segunda etapa significa revitalizar a nossa história", acrescentou. E acrescentou que novas parcerias com a UFPA e a Secult podem ser firmadas em breve.

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