Buraco aberto na calçada por empresa de telefonia causa transtornos na rua dos Mundurucus

Segundo relatos de moradores a situação já se arrasta há quase um mês; a suspeita é de que a tampa tenha sido furtada por ser de alumínio

Gabriel Pires

Um buraco no meio da calçada na esquina da rua dos Mundurucus com a travessa Castelo Branco, no bairro de São Brás, em Belém, tem causado transtornos para os pedestres que precisam transitar por ali. No local, fica a caixa de distribuição que comporta os cabos de uma empresa de telefonia. Relatos de moradores da área apontam que a situação já se arrasta há quase um mês e a suspeita é de que a tampa do compartimento tenha sido furtada por ser de alumínio. No entanto, até o momento, nada foi feito para reverter esse cenário.

Além da ausência de proteção contra o risco de queda, outro problema é a água da chuva que fica acumula dentro do buraco, trazendo riscos à saúde da população, principalmente o de proliferação de focos do mosquito transmissor da dengue. Sem a tampa, folhas, lixo de todo tipo, como sacolas plásticas, garrafas pet e outros resíduos também vão parar dentro da estrutura. Já os pedestres que transitam pela calçada precisam desviar da cratera para evitar acidentes. 

Quem passa todos os dias pelo local e já não suporta mais o transtorno é a aposentada Selma Trindade, de 62 anos. Moradora do entorno, ela relata que o problema vai além do buraco aberto, já que a via é bastante movimentada. “Corremos o risco de cair, principalmente quando chove. Se o buraco encher, as pessoas não veem. Isso aí está aberto há um mês. Todos os dias passo por aqui, e até um tempo atrás o buraco estava tapado, mas agora está assim”, afirma. 

A aposentada relata, ainda, que não sabe ao certo como a tampa foi retirada. Para ela, que precisa levar o neto todos os dias na escola, todo cuidado é pouco ao passar perto da cratera. "E eu acho que [a estrutura] é de internet ou telefone. Aqui na rua passam crianças, idosos, animais, passa tudo. O pessoal às vezes vem caminhando para ir à igreja. E não tem nada sinalizando a existência desse buraco. Já pensou o risco para quem passa por aqui de noite?", questiona.

Perigo

Outra moradora da área, que preferiu não se identificar, diz que também se sente incomodada com a situação, já precisa passar pelo trecho onde está o buraco todos os dias. “Esse buraco já está assim há mais ou menos um mês. E é muito perigoso algum morador passar e cair. Além disso, tem a água parada, que também é um perigo, pois pode ter larvas do mosquito [da dengue], ainda mais agora neste período de chuva. É uma situação muito complicada”, conta.

“Isso daí foi um furto. Parece que a tampa era de alumínio. E o que aconteceu é que alguém deve ter levado para vender. Agora, ficou esse buraco perigoso. Até esse momento ninguém apareceu para dar uma solução. Corre o risco das pessoas passarem despercebidas e caírem. Uma criança, um idoso... Inclusive, os moradores colocaram pedras para sinalizar o buraco. É um risco constante”, lamenta a moradora.

Na esperança de que o problema seja resolvido o quanto antes, ela faz um apelo: “A rua é muito movimentada e essa situação precisa de uma solução urgente. A prefeitura ou outro órgão responsável tem que tomar uma atitude. Não sei quem é o responsável por resolver isso, mas alguém vai ter que fazer alguma coisa, o que não pode é ficar assim”, protesta.

Posicionamento

Em nota, a Guarda Municipal de Belém informou que não recebeu registro de ocorrências dessa natureza no sistema. O órgão detalhou, também, que “vai averiguar a situação e que já comunicou a Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan), órgão responsável pelos bueiros da cidade”.

"A GMB pede a colaboração da população para contribuir com o serviço de segurança municipal denunciando ocorrências de depredações, roubos e furtos pelo telefone 153. Ao receber a denúncia, feita gratuitamente, uma viatura é encaminhada ao local", finaliza o comunicado. 

A Redação Integrada de O Liberal também solicitou posicionamento sobre o caso à Polícia Civil, à Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) e à empresa de telefonia responsável pela caixa de distribuição. A reportagem aguarda retorno.

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