Belenense fica de olho no cometa Neowise

Registre-se que o cometa não deverá voltar antes de 6 mil anos, diz professor da UFPA

Redação Integrada

Como sinal de que a vida continua, apesar da pandemia do novo coronavírus, cidadãos em todo o mundo estão focados no céu para conferir o cometa Neowise, identificado pela Nasa em março deste ano. Em Belém, muita gente sabe do fato e se posiciona para conferir o fenômeno, ainda que muitas vezes os cuidados com a doença e o tempo nublado à noite funcionem como empecilhos para a ação. No entanto, a previsão dos especialistas é de que o cometa poderá ser visto da Terra, a olho nu, até a semana que vem. Um bom ponto para se conferir o fenômeno é o Portal da Amazônia.

O professor Luís Carlos Crispino, físico e coordenador do Núcleo de Astronomia da UFPA (Nastro), é um dos interessados em conferir o Neowise. “Com base nas informações que tenho, ainda não foi possível observar o cometa de Belém. A expectativa é que o Neowise comece a ser avistado no Brasil a partir desta quinta-feira (23) e permaneça visível durante as próximas semanas”, diz o professor.

“Ele deverá ser visto logo após o pôr do sol, na direção noroeste. Se você estiver olhando para o local onde o sol costuma se pôr, a direção noroeste fica à direita. Com o passar dos dias esperamos que ele possa ser visto cada vez mais alto em relação ao horizonte, mas em compensação ficará cada vez menos brilhante. Isto porque ele está se afastando. E, registre-se: ele não deverá voltar antes de 6 mil anos”, ressalta Crispino.

Portal

Evitar aglomerações é uma ação preventiva à Covid-19. E por isso, as pessoas preferem ficar em casa ou em lugares abertos, com pouca gente, para tentar observar o comete. O Nastro da UFPA não organiza uma observação coletiva do Neowise, como já o fez com relação a outros fenômenos. “Devemos respeitar o isolamento. Desta forma, não vamos organizar observações coletivas. Cada um deverá procura observá-lo, preferencialmente, das janelas de suas casas e apartamentos. Não será fácil. No caso do lugar onde moro, na direção noroeste (onde o cometa estará após o pôr do sol) há muitos prédios e eu dificilmente conseguirei observar da minha janela. Temos que procurar um lugar onde esta região do céu esteja com boa visibilidade. As luzes da cidade atrapalham, mas se ele estiver brilhante o suficiente, poderemos vê-lo mesmo assim”, orienta o professor Crispino.

“Um ponto favorável para observação pode ser o Portal da Amazônia. Há bastante espaço lá para as pessoas ficarem suficientemente distantes uma das outras”, indica Crispino. Um cometa, em poucas palavras, é um astro constituído basicamente de rocha e gelo. “Há aqueles que são periódicos, como é o caso do cometa Halley, que completa uma volta em torno do Sol a cada 75,3 anos. E há aqueles que passam uma única vez e se afastam para nunca mais voltar. Quando os cometas se aproximam do Sol, o gelo derrete, e por vezes é possível observar uma extensa cauda. É o que aconteceu com o cometa Halley em 1910, e o que esperamos ver nos próximos dias. Vamos torcer para que isso se confirme”, conclui Crispino.

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