Número de mortes por covid-19 em Belém cresceu 120% nos últimos quatro meses

Capital paraense tem hoje 87 pacientes que precisam de leitos de enfermaria e de Unidade de Terapia Intensiva

Cleide Magalhães
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Nesses quase quatro meses, de novembro de 2020 até a semana passada, houve um aumento de 120% nos números de mortes e 40% nos casos de infecção pela covid-19, em Belém, capital paraense. De acordo com o Monitoramento dos Casos e Painel de Atendimentos da Prefeitura de Belém, dia 1o de novembro de 2020 no acumulado de casos havia 2.284 óbitos e 48.354 casos confirmados. Já em 6 de março de 2021, saltou para 2.905 mortes e 76.161 casos de infectados. Até as 18h01 desta terça-feira (9), a cidade soma 76.168 pessoas infectadas e 2.921 mortes, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde (Sespa). 

Maurício Bezerra, secretário de Saúde de Belém, reforça que o aumento de casos é preocupante e informa que nas cinco Unidades de Pronto Atendimentos (Upas) e nos dois Hospitais de Prontos Socorros  Humberto Maradei Pereira, no Guamá, e Mário Pinotti, no Umarizal, existem 87 pacientes que precisam de leitos de enfermaria e de UTI. "Nesses espaços hospitalares há 59 pacientes com covid-19 que precisam de leitos de enfermaria e 28 necessitam de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).”

Em Belém, existem hoje o total de 86 leitos sob a responsabilidade da gestão municipal. Destes, 62 são de enfermaria e 24 de UTIs. O titular da Sesma explica que ambos estão com a taxa de ocupação de 100%. Os leitos ficam no Hospital Dom Vicente Zico, que funciona como retaguarda para casos graves do novo coronavírus. E também no Hospital da Beneficente Portuguesa, instituição filantrópica que também oferece serviços hospitalares aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).  

Porém, na busca por fôlego na crise sanitária, a Prefeitura de Belém fechou contrato e operacionaliza mais 25 leitos, sendo 16 deles de enfermaria e nove de UTI. Eles ficam no Hospital Redentor, instituição privada e que atende pelo SUS, na avenida Senador Lemos, no bairro do Umarizal. 

“Esses leitos no Hospital Redentor vão servir como retaguarda, para conseguirmos dar vazão aos pacientes que entram por meio das Upas, pois há congestionamento grande de pessoas nas Upas aguardando leitos. O Hangar, no bairro do Marco, gerenciado pelo governo do Estado, nos ajuda bastante, mas a responsabilidade é estadual, sobretudo para atender a Região Metropolitana de Belém. No entanto, a sobrecarga dele também é muito grande. E, por enquanto, não há perspectivas da prefeitura conseguir mais leitos pela gestão municipal, porque não há mais leitos em Belém para serem vendidos para o SUS”, esclarece Maurício Bezerra. 

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