Bebidas alcoólicas durante o verão podem causar problemas de saúde; saiba quais

Entre os mais frequentes, estão: inflamações no fígado e cirrose

Camila Azevedo

O consumo de álcool tende a aumentar durante o verão com as altas temperaturas. As doses de bebidas ingeridas podem causar danos irreversíveis para a saúde e influenciam também no acúmulo de massa corporal da pessoa, o que pode causar a obesidade. Especialistas alertam para que haja cuidado com os tipos de líquidos escolhidos e atenção para a quantidade, tanto de teor alcoólico quanto de calorias contidas. 

Os órgãos mais atingidos pelas bebidas alcoólicas são os que fazem parte do trato gastrointestinal. O fígado, que compõe esse conjunto, é responsável por fazer a filtragem de microorganismos e cuidar da desintoxicação do corpo, incluindo a oxidação de gorduras. As doenças que podem surgir vão desde inflamações hepáticas, como cirrose, tendo a possibilidade de evoluir para um câncer.

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Em 2019, a obesidade atingia 20,3% dos adultos nas capitais do País, mas, em 2020, a doença passou a afetar 21,5%

Com a elevação nas temperaturas, há quem prefira se refrescar com cerveja durante algumas refeições. Bruna Soares, de 32 anos, é dona de casa e afirma não deixar faltar a bebida durante a rotina. “Não gosto de suco, prefiro cerveja. Durante o verão, como é mais quente, bebo mais”, conta, se refrescando no Ver-o-Peso. 

image Para Bruna, a cerveja é indispensável (Ivan Duarte / O Liberal)

Uma cerveja equivale a um pão careca, diz endocrinologista

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que o máximo de álcool que o ser humano pode ingerir sem causar tantos problemas para o organismo são de três a quatro doses por dia. Acima disso, passa a ser prejudicial. O médico endocrinologista Rubens Tofolo explica que o ideal é verificar no rótulo das bebidas a quantidade de álcool e optar pelas que possuem de 4% a 5% de volume.

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“Cervejas que variam entre esses teores têm em torno de 150 calorias. No caso dos vinhos, é bom dar preferência aos que vão de 10% a 12% de álcool. Vale lembrar que quando alguém toma uma cerveja, isso equivale a um pão careca”, diz o doutor e ressalta, ainda, que a ingestão de bebidas está diretamente relacionada com a obesidade.

image Médico endocrinologista explica que é importante considerar o teor alcoólico das bebidas para evitar mais problemas (Ivan Duarte / O Liberal)

Cerca de 22% da população do Brasil é obesa; álcool pode estar relacionado

No Brasil, cerca de 22% da população é obesa. A perspectiva é que, em 2030, esse número suba para 30%, conforme mostra um levantamento realizado pelo Atlas Mundial da Obesidade 2022. As bebidas são altamente calóricas e, em consequência, aumentam os níveis de calorias no corpo.

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Para além do fator físico, estar na condições de obeso também pode afetar o aspecto emocional, social e até genético

“A partir do momento que a pessoa ingere mais álcool, a oxidação de gordura realizada pelo fígado diminui. Ou seja, há o acúmulo de gordura e a estimulação de um hormônio do cérebro que aumenta a fome. As pessoas que bebem têm mais fome. Isso é um fato que faz o peso aumentar”, destaca o especialista e alerta: é preciso aumentar a campanha de diminuição de consumo alcoólico não só para algumas doenças, mas também para a obesidade.

Para a psicóloga Jamille Moraes, de 24 anos, a saúde vem em primeiro lugar. Ela não faz uso de álcool e passou a diminuir a quantidade de refrigerante no dia a dia. “Faço para me manter saudável, além de que minha família tem costume de beber bastante suco. Água também, tomo provavelmente uns dois litros, principalmente com o calor”, relata. 

image Suco pode ser uma boa opção para aliviar o calor durante o verão (Ivan Duarte / O Liberal)

Ranking das bebidas alcoólicas mais calóricas

A caipirinha sem açúcar e a com açúcar dividem a primeira posição. As calorias delas vão de 340 a 500, respectivamente. Em seguida, temos whisky e gin, com 250 calorias, a cerveja, com 150 calorias e o vinho, mantendo 120 calorias. 

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