Como diminuir o suor excessivo? Especialista dá dicas de tratamento

Dermatologista explica o que causa e como tratar casos de suor excessivo

Lucas Quirino*
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O suor excessivo pode ser normal em dias de muito calor, durante a prática de atividades físicas ou em certas situações específicas, como momentos de raiva, nervosismo ou medo, mas quando a sudorese – termo médico utilizado para designar o suor – passa a ser um incômodo no dia-a-dia das pessoas é preciso dar atenção ao problema que pode, inclusive, ser indicativo de alguma doença secundária.   

dermatologista Othelo Amaral, membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), em Belém, explica o que é a hiperidrose – condição que provoca excesso de suor – e dá dicas de como controlar o suor excessivo. De acordo com o especialista, a hiperidrose consiste no aumento da atividade da glândula sudorípara e da sudorese, levando a uma quantidade de suor acima do normal.

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“O suor é excessivo quando começa a atrapalhar o seu convívio social, manchando roupas, provocando odores não agradáveis, incomodando até num aperto de mão molhado, por exemplo. Geralmente a pessoa sabe que o suor está em excesso, pois já traz algum incômodo no cotidiano mesmo em ambientes sem tanto calor”, explica o médico.

Quais as causas mais comuns do suor excessivo?

Há fatores físicos e emocionais que podem influenciar na atuação das glândulas sudoríparas, estimulando sua atividade. Portanto, o mais comum é que hajam vários e não apenas um fator por trás do excesso de suor.

Além da hiperidrose, há casos em que o suor excessivo não é o problema, mas um sintoma de alguma doença ou transtorno

“A causa mais comum (de hiperidrose) é idiopática, também chamada de primária ou sem causa secundária. Ou seja, a pessoa já tem uma predisposição a desenvolver a condição. Mas também há doenças secundárias que podem gerar a hiperidrose, como transtornos de ansiedadealterações hormonais e metabólicas, neoplasias (tumores benignos ou malignos)”, explica Amaral.

Em casos de hiperidrose secundária, ela pode estar sendo causada por alguma doença que precisa ser investigada, entre elas alguns tipos de câncer. Por tanto, todos os casos devem ser investigados antes de serem tratados. O dermatologista, no entanto, lembra que a maioria dos casos é hiperidrose primária, ou seja, sem causa definida.

Como tratar o suor excessivo?

É possível controlar o excesso de suor, tornando a hiperidrose menos incômoda e minimizando os efeitos na vida social. Abaixo, reunimos dicas do dermatologista Othelo Amaral e da Sociedade Brasileira de Dermatologia sobre tratamentos da hiperidrose.

Antitranspirantes: sudorese excessiva pode ser controlada com fortes antitranspirantes.

Medicamentos: drogas anticolinérgicas ajudam a impedir a estimulação das glândulas sudoríparas, mas, embora eficazes para alguns pacientes, são pouco receitadas. Os efeitos colaterais incluem boca seca, tonturas e problemas com a micção. Os betabloqueadores ou benzodiazepínicos podem ajudar a reduzir a transpiração relacionada ao estresse.

Lontoforese: procedimento que usa eletricidade para “desligar” temporariamente a glândula do suor e é mais eficaz para a transpiração das mãos e dos pés. As mãos e os pés são colocados em água e, em seguida, liga-se uma leve corrente elétrica. Esta é gradualmente aumentada até que o paciente sinta uma sensação de formigamento. A terapia dura entre 10 e 20 minutos, e requer várias sessões. Os efeitos colaterais, embora raros, incluem bolhas e rachaduras da pele.

Toxina botulínica tipo A: toxina botulínica purificada pode ser injetada na axila, nas mãos ou nos pés para bloquear temporariamente a sudorese, sendo seu principal inconveniente a dor na aplicação.

Simpatectomia torácica endoscópica (STE): em casos graves, que não respondem aos tratamentos clínicos, pode-se recomendar um procedimento cirúrgico executado por cirurgião tóraxico ou vascular. Este procedimento desliga o sinal que avisa ao corpo para suar excessivamente. Sua melhor indicação é para os casos nos quais as palmas das mãos ou plantas dos pés são acometidas. A principal complicação é começar a suar em outras áreas do corpo, o que chamamos de hiperidrose compensatória.

Curetagem e liposucção: em alguns casos de hiperidrose axilar pode ser feita uma “raspagem”, ou mesmo uma liposucção das glândulas sudoríparas e da gordura que está abaixo da pele da axila, aliviando, desta forma, a sudorese.

Lucas Quirino, estagiário sob supervisão de João Thiago Dias, coordenador do núcleo de Atualidade.

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